INTERNACIONAL

Sudão do Sul

Bispo pede orações por governo de unidade após guerra civil

Por Filipe Domingues Especial para O SÃO PAULO
06 de março de 2020

Mais de 400 mil pessoas já foram mortas e outras 2 milhões deixaram o país e buscaram refúgio no exterior

O processo de pacificação do Sudão do Sul vem avançando nos últimos anos e, no fim de fevereiro, chegou-se à formação de um novo governo de unidade. Permanecem ainda preocupações quanto à segurança e à estabilidade do país mais jovem do mundo, motivos pelos quais o Bispo de Yei, Dom Erkolano Lodu Tombe, vem pedindo orações.
Em sua homilia na Catedral de Cristo Rei na sexta-feira, 27 de fevereiro, em Yei, Dom Erkolano declarou que os cidadãos precisam rezar de maneira fervorosa para que o país não volte a cair na tentação da guerra. Um governo parecido foi formado em 2016, mas fracassou.
A guerra civil começou em 2013 no Sudão do Sul, em meio a disputas de facções pelo poder, no país que ficou independente em 2011. Grupos ligados ao governo e grupos rebeldes entraram em conflito armado depois que o presidente Salva Kiir Mayardit acusou seu vice, Riek Machar, de participar de uma tentativa de golpe de Estado.
Mais de 400 mil pessoas já foram mortas e outras 2 milhões deixaram o país e buscaram refúgio no exterior. Cerca de 2 milhões de sul-sudaneses foram deslocados internamente.
No acordo atual, Kiir permanece como presidente e Machar assume como primeiro vice-presidente, entre outros quatro vices. “O presidente e todos os vice-presidentes perdoaram-se uns aos outros e clamaram aos sul-sudaneses que também se perdoem e rezem para que eles entrem em reconciliação, perdão e cura do tecido social que foi rompido”, diz um comunicado da presidência.
Em abril de 2019, os líderes sul-
-sudaneses visitaram o Papa Francisco, que beijou os seus pés implorando a paz. Eles fizeram um retiro espiritual no Vaticano. Francisco afirmou pretender visitar o Sudão do Sul ainda neste ano.
 

Fontes: Vatican News e Catholic Easter Radio

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