‘Comunicar uma cultura de fidelidade a Igreja e doutrina social’

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02 de mai de 2019

Durante a coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira, 2, a segunda da 57º Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP), o Arcebispo de Diamantina (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, Dom Darci José Nicioli, falou do documento de estudos que vem sendo preparado com a colaboração de colaboradores e professores de comunicação, sobre as novas demandas apresentadas no contexto da comunicação de inspiração católica.

Dom Darci explicou aos jornalistas que este documento "Orientações Pastorais para as mídias de inspiração católica" foi publicado em 2018, e que até a presente data, reflexões vem sendo realizadas         sobre as diretrizes detalhadas que os meios de comunicação católica necessitam em seus trabalhos.

O documento que será apresentado aos Bispos no plenário da assembleia, é resultado de uma ampla participação dos Padres, leigos, profissionais de Rádio e TV e imprensa, além da colaboração de professores de comunicação da PUC-MG, da Universidade Federal do Amapá e da Pastoral de Comunicação (Pascom) Nacional, que contou com a participação de todos os coordenadores regionais.

PREOCUPAÇÃO COM A VERDADE

O Arcebispo de Diamantina enfatizou que o documento é destinado: “As Dioceses, congregações religiosas, associações de fieis que mantém concessão pública de rádio difusão, profissionais, colaboradores, pesquisadores da área da ciência da religião, agentes de pastoral – especialmente os que atuam no âmbito da comunicação e pessoas que tomam iniciativa no ambiente digital”.

O Presidente da Comissão destacou que a intenção do material é auxiliar a comunicação da verdade, – evitando, qualquer possibilidade de uma comunicação que exclua. Assim, o centro da preocupação como Igreja, segundo ele, são as pregações que refletem eclesiologia, “O modo como seus promotores e produtores concebem em vivenciam o mistério da Igreja”.

“Comunicar uma cultura de fidelidade ao pensamento integral da Igreja, a doutrina social a partir das linhas do Concílio Vaticano II, evitando promover apenas uma visão particularizada de movimento, de grupos e de associações de fieis”, afirmou Dom Darci.

COMUNHÃO COM A IGREJA

As orientações desejam ir de acordo com o serviço pedido pelo conselho permanente, a Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, em comunhão com todos os Bispos. Dom Darci expressou que deseja que a aprovação e publicação do documento seja um marco para a pastoral da comunicação e “nos faça cada vez mais um corpo evangelizador”, falou.

TODOS OS DETALHES DA ASSEMBLEIA

Diariamente, acompanhe os detalhes sobre a 57ª Assembleia Geral da CNBB no site do jornal O SÃO PAULO e nos noticiários da rádio 9 de Julho.

Com informações da CNBB

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Ações da Igreja na atualidade e eleição da nova presidência são destaques da Assembleia da CNBB

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02 de mai de 2019

O Santuário Nacional de Aparecida sedia, de 1° a 10 de maio, a 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Com o intuito de tratar de assuntos de grande relevância eclesial, entre eles a plataforma de ação da Igreja perante a realidade atual, o encontro reúne clérigos provenientes de todas as partes do País, sendo 309 bispos com direito a voto, entre cardeais, arcebispos, bispos diocesanos, prelados, auxiliares e coadjutores, além dos 171 bispos eméritos e representantes de organismos e pastorais da Igreja que participam como convidados.

 

DESTAQUES

A cada quatro anos, com pauta especial, como é o caso da atual edição, a Assembleia Geral da CNBB aborda, como tema central, a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), desta vez para o período de 2019 a 2023, e a nova eleição da presidência da entidade, que inclui o presidente, o vice-presidente e o secretário- -geral, além dos presidentes das 12 Comissões Episcopais de Pastoral (Ministérios Ordenados e Vida Consagrada; Laicato; Ação Missionária e Cooperação Intereclesial; Animação Bíblico-Catequética; Doutrina da Fé; Liturgia; Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso; Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz; Cultura e Educação; Vida e Família; Juventude; e Comunicação Social) e do delegado e o suplente brasileiros que integrarão o Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam).

 

DIRETRIZES GERAIS

Dom José Belisário da Silva, Arcebispo de São Luís (MA) e Coordenador da Comissão Especial que trata da atualização das DGAE, afirma que as Diretrizes têm como objetivo apresentar e promover a pastoral nas mais diversas realidades eclesiais do País.

“As Diretrizes inspiram o trabalho e a presença da Igreja Católica no Brasil desde a década de 1960. Inicialmente, falava-se em plano de pastoral de conjunto, sendo que, de quatro em quatro anos, essas diretrizes são revisadas e publicadas, a fim de orientar o trabalho das dioceses, dos movimentos e das pastorais de toda a Igreja”, disse o Arcebispo em entrevista à rádio 9 de Julho.

Ele reitera, ainda, que o trabalho da Comissão é “recolher e traduzir o que a Igreja está vivendo. Nossa inspiração provém dos Atos dos Apóstolos, das primeiras comunidades cristãs e da importância da Palavra de Deus. As Diretrizes acentuam muito a importância da espiritualidade e do serviço aos irmãos”

Ele reitera, ainda, que o trabalho da Comissão é “recolher e traduzir o que a Igreja está vivendo. Nossa inspiração provém dos Atos dos Apóstolos, das primeiras comunidades cristãs e da importância da Palavra de Deus. As Diretrizes acentuam muito a importância da espiritualidade e do serviço aos irmãos”

 

CULTURA URBANA

Segundo Dom Belisário, a novidade do documento deste ano relaciona-se à principal preocupação da Igreja atual, que é a evangelização em grandes centros urbanos, que refletem as mudanças conjunturais vividas pela sociedade brasileira como um todo. Dessa forma, o intuito da Igreja é acompanhar tais mudanças a fim de compreender melhor a sociedade e, assim, estabelecer um diálogo com ela e dela se aproximar.

“As novas Diretrizes que serão estudadas e aprovadas partem da situação de que se vive hoje num mundo urbano. Mesmo as pessoas que não moram nas grandes cidades são altamente influenciadas pela cultura urbana. Nosso País passou, em poucas décadas, de uma nação eminentemente rural, de comunidades rurais, para grandes cidades, ou seja, a maior parte da população mora em grandes conjuntos urbanos, e, quando não, em cidades médias e menores”, concluiu.

Dom Belisário afirma, ainda, que, a partir de um esforço de compreensão dessa cultura urbana, percebe-se que no mundo atual se acentuam a individualidade e o consumismo e, por consequência, a corrupção. O mundo atual também é plural, inclusive de opções religiosas, sendo que outras de suas principais características são os altos índices de mobilidade da população, que vive num bairro e mora noutro, normalmente distante; o problema dos migrantes e refugiados; além da extrema pobreza e da violência presentes nos bairros populares.

 

SERVIÇO

Durante todos os dias – exceto no domingo, 5 – serão celebradas missas com laudes, das 7h30 às 8h45, no Santuário Nacional de Aparecida, com livre acesso à participação dos fiéis e transmissão ao vivo pelas emissoras católicas de rádio e televisão. O retiro dos bispos iniciará no dia 4, às 15h, e terminará no domingo, 5, às 11h30, com missa no Santuário, também aberta à participação dos leigos.

Os trabalhos da Assembleia serão desenvolvidos em quatro sessões, sendo duas pela manhã (das 9h15 às 12h45) e duas à tarde (das 15h40 às 19h30).

As entrevistas coletivas acontecerão sempre às 15h, na Sala de Imprensa do Centro de Eventos, com a presença de três bispos designados pela Presidência da Assembleia. O porta-voz será o Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, Dom Darci Nicioli.

 

 

LEIA TAMBÉM: Trabalhos no 2º dia serão centrados na missão das 12 comissões episcopais

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Regional Sul 4 da CNBB se reúne em Assembleia de Pastoral

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28 de agosto de 2018

O Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizou  nos dias 24 e 25 de agosto, na cidade de Lages (SC), a 51ª Assembleia Regional de Pastoral. Com o tema ‘Igreja: lugar de animação da vida e da pastoral’, terceira Urgência da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e do Plano Regional de Pastoral, o evento reuniu o episcopado catarinense, os coordenadores diocesanos de Pastoral, ecônomos diocesanos e representantes das pastorais, movimentos, organismos e serviços da Igreja em Santa Catarina.

Além das reflexões referentes ao tema central, outros pontos como a avaliação do atual Plano Regional de Pastoral (2015-2019) e as indicações para as novas Diretrizes para a Ação Evangelizadora estiveram dentro da pauta da Assembleia. A articulação para a 6ª Semana Social Brasileira, a Campanha da Fraternidade, os Fundos Diocesanos de Solidariedade, o Ano Nacional do Laicato e o Dia Mundial do Pobre também estiveram na programação juntamente com a apresentação de uma nova versão do Regulamento do Conselho Episcopal Regional e dos Organismos Subsidiários (Estatuto do Regional).

Ao final da Assembleia, foi lançada a arte comemorativa que marca a preparação para o Jubileu de Ouro de instalação do Regional Sul 4 da CNBB.

Mais notícias da Assembleia 

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56ª Assembleia Geral da CNBB tem início nesta quarta-feira, 11 de abril

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10 de abril de 2018

Tudo pronto para começar mais uma assembleia geral do episcopado brasileiro no Centro de Eventos padre Vítor Coelho de Almeida, no pátio do Santuário Nacional, em Aparecida (SP). O encontro se estenderá até o dia 20, incluindo os dias que os bispos dedicarão a um Retiro Espiritual. O tema central do encontro será: Diretrizes para a formação dos presbíteros na Igreja no Brasil.

Quadro episcopal

Segundo os dados atualizados pelo professor doutor Fernando Altemeyer Junior, chefe do departamento de Ciência da Religião da PUC-SP, o quadro geral da organização da Igreja no Brasil está desenhado do seguinte modo:

Circunscrições eclesiásticas

No Brasil há 277 circunscrições eclesiásticas: 44 arquidioceses ou sedes metropolitanas, 216 dioceses, nove prelazias territoriais, uma arquieparquia de rito oriental, três eparquias orientais, um ordinariato militar, um exarcado, um ordinariato para fieis de rito oriental sem ordinário próprio, uma Administração Apostólica pessoal. A organização na Igreja Católica do Brasil acontece através da rede de 11.700 paróquias e 50.159 centros de atendimento pastoral.

Ministérios e ministros

Ministérios e ministros na evangelização são: 27.416 presbíteros, 3.849 diáconos permanentes, 2.073 membros de institutos seculares, 122.170 missionários leigos, 2.674 irmãos, 6.154 seminaristas maiores em 595 seminários de formação presbiteral, 29.868 religiosas consagradas e 700.000 catequistas.

Episcopado

O episcopado católico brasileiro entre vivos e falecidos de 25/02/1551 até 01/04/2018 somam 1.153 nomes: um Abade-bispo, 22 cardeais-arcebispos, 209 arcebispos, 802 bispos, 95 prelados, três prefeitos, 11 administradores apostólicos, dois exarcas e oito eparcas. São 477 bispos vivos e 676 bispos falecidos. Perfil dos bispos vivos em 01/04/2018 383 brasileiros, ou seja, 80,3% 94 estrangeiros, ou seja, 19,70% Origem geográfica dos 676 bispos falecidos até 01/04/2018 435 brasileiros, ou seja, 64,4% 241 estrangeiros, ou seja, 35,6% Todos os 1153 bispos católicos vivos e falecidos do Brasil até 01/04/2018 817 brasileiros, ou seja, 71 % 336 estrangeiros, ou seja, 29% Atualmente temos 476 bispos vivos no Brasil indicados pelos seguintes pontífices: 2 foram nomeados pelo papa São João XXIII 39 foram nomeados pelo papa beato Paulo VI Nenhum bispo nomeado pelo bem-aventurado papa João Paulo Primeiro. 229 bispos nomeados pelo papa São João Paulo II; 125 nomeados pelo papa Bento 16; 81 nomeados desde 19/03/2013 até 01/04/2018 pelo atual papa Francisco.

Episcopado atual

Há 308 bispos ativos na hierarquia católica no Brasil (com voz e voto na CNBB):

105 nomeados pelo papa São João Paulo II;

122 nomeados pelo papa Bento XVI, hoje emérito;

81 nomeados pelo atual papa Francisco.

Há 168 bispos eméritos: 2 nomeados pelo papa São João XXIII;

39 nomeados durante o papado de Paulo VI;

124 nomeados pelo papa São João Paulo II;

3 nomeados pelo papa Bento XVI;

Nenhum nomeado pelo atual papa Francisco.

Assembleia 2018

Episcopado reunido como CNBB: 476 pastores, sendo 308 bispos na ativa e 168 bispos eméritos (aposentados). Os bispos oriundos do clero diocesano são 279 pessoas, ou seja, 58,6% do episcopado e os que pertenceram a uma ordem ou congregação de vida consagrada são 198 pessoas, ou seja, 41,4% do episcopado brasileiro. por função institucional temos: Cardeais: 6 diocesanos + 3 religiosos. Arcebispos: 42 diocesanos + 29 religiosos. Bispos: 231 diocesanos + 165 religiosos.

Fonte:

ALTEMEYER Jr, Fernando. Perfil Episcopal da Igreja Católica no Brasil, São Paulo: Ed. Paulus, 2018.

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Mensagem da CNBB aos trabalhadores (as) do Brasil

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28 de abril de 2017


Reproduzimos a seguir a íntegra da mensagem dos bipos reunidos em Aparecida (SP), direcionado ao povo brasileiro por ocasião do Dia Mundial do Trabalhador, a ser celebrado na segunda-feira, dia 1º de maio. A mensagem será repercutida na coletiva de imprensa das 15h, desta sexta-feira, dia 28.
 

“Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho” (Jo 5,17)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunida, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida – SP, em sua 55ª Assembleia Geral Ordinária, se une aos trabalhadores e às trabalhadoras, da cidade e do campo, por ocasião do dia 1º de maio. Brota do nosso coração de pastores um grito de solidariedade em defesa de seus direitos, particularmente dos 13 milhões de desempregados.

O trabalho é fundamental para a dignidade da pessoa, constitui uma dimensão da existência humana sobre a terra. Pelo trabalho, a pessoa participa da obra da criação, contribui para a construção de uma sociedade justa, tornando-se, assim, semelhante a Deus que trabalha sempre. O trabalhador não é mercadoria, por isso, não pode ser coisificado. Ele é sujeito e tem direito à justa remuneração, que não se mede apenas pelo custo da força de trabalho, mas também pelo direito à qualidade de vida digna.

Ao longo da nossa história, as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras pela conquista de direitos contribuíram para a construção de uma nação com ideais republicanos e democráticos. O dia do trabalhador e da trabalhadora é celebrado, neste ano de 2017, em meio a um ataque sistemático e ostensivo aos direitos conquistados, precarizando as condições de vida, enfraquecendo o Estado e absolutizando o Mercado. Diante disso, dizemos não ao “conceito economicista da sociedade, que procura o lucro egoísta, fora dos parâmetros da justiça social” (Papa Francisco, Audiência Geral, 1º. de maio de 2013).

Nessa lógica perversa do mercado, os Poderes Executivo e Legislativo reduzem o dever do Estado de mediar a relação entre capital e trabalho, e de garantir a proteção social. Exemplos disso são os Projetos de Lei 4302/98 (Lei das Terceirizações) e 6787/16 (Reforma Trabalhista), bem como a Proposta de Emenda à Constituição 287/16 (Reforma da Previdência). É inaceitável que decisões de tamanha incidência na vida das pessoas e que retiram direitos já conquistados, sejam aprovadas no Congresso Nacional, sem um amplo diálogo com a sociedade.

Irmãos e irmãs, trabalhadores e trabalhadoras, diante da precarização, flexibilização das leis do trabalho e demais perdas oriundas das “reformas”, nossa palavra é de esperança e de fé: nenhum trabalhador sem direitos! Juntamente com a Terra e o Teto, o Trabalho é um direito sagrado, pelo qual vale a pena lutar (Cf. Papa Francisco, Discurso aos Movimentos Populares, 9 de julho de 2015).

Encorajamos a organização democrática e mobilizações pacíficas, em defesa da dignidade e dos direitos de todos os trabalhadores e trabalhadoras, com especial atenção aos mais pobres.

Por intercessão de São José Operário, invocamos a benção de Deus para cada trabalhador e trabalhadora e suas famílias.

Aparecida, 27 de abril de 2017.

 

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Expectativas e percepções de Bispos, sobre a Assembleia Geral

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27 de abril de 2017

Arquivo/CNBB

Com o início da Assembleia Geral, 26, bispos passaram a manifestar-se sobre o evento, expondo suas expectativas e percepções a seus fiéis, de modo que todos estejam próximos e situados do que ocorrerá nesses 10 dias de trabalhos e reflexões.

Mons. Bruno Elizeu Versari, nomeado bispo coadjutor de Campo Mourão (PR), transmitiu aos meios da Arquidiocese de Maringá que vê “os bispos empenhados e dedicados a construir uma Igreja cada vez mais voltada à realidade do povo. Uma assembleia em que os bispos querem viver e estar em sintonia com a realidade das comunidades”.

"Esperamos que a Assembleia seja um momento forte de escuta do que Nosso Senhor tem a dizer a Igreja. Por isso, precisamos estar atentos àquilo que o Evangelho pede de todos nós. Os bispos reunidos em assembleia buscam juntos construir indicações para responder aos desafios da evangelização hoje”, declarou Dom Jaime Spengler, Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre, por meio da comunicação de sua Arquidiocese.

Já, Dom Severino Clasen, Bispo de Caçador (SC), pediu que o povo rezasse pelos bispos reunidos, para que aproveitem bem as discussões. “Peço orações para que a partir de nossas reflexões sobre a Iniciação à Vida Cristã e sobre a Palavra de Deus possamos perceber como estamos preparando nossos fieis, animando e dinamizando os cultos em nossas comunidades. Nossa preocupação é que o povo seja bem assistido também nos momentos celebrativos da comunidade de fé”. Suas palavras foram transmitidas pela Pastoral da Comunicação da Diocese de Caçador

A 55ª Assembleia Geral da CNBB acontece até o dia 5 de maio, no Santuário de Aparecida.

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Pensando o Brasil: Educação

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26 de abril de 2017

O trabalho coordenado por Dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo coadjutor eleito de Montes Claros (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação da CNBB (leia mais na página 11), aborda o cenário da educação no Brasil, caminhos e pistas de ação para superação dos principais desafios. O texto destaca que a educação é um processo único e integral, em que as instituições sociais, como família, escola e mídias, atuam juntas, mesmo que, muitas vezes, vivam conflitos entre si.

Dos estudantes matriculados na educação básica, aproximadamente 8 milhões estão na educação infantil, 15,3 milhões nos anos iniciais do ensino fundamental, 12,2 milhões nos anos finais do ensino fundamental, 8,1 milhões no ensino médio, 106 mil no ensino profissionalizante e 930 mil na educação especial. Apesar desses números expressivos, o subsídio aponta que ainda 15% dos jovens em idade escolar não estão matriculados no sistema de educação brasileiro.

Participação

A análise também destaca as diferentes formas de participação na educação: professores, alunos e funcionários, planejando juntos as atividades que acontecem no âmbito escolar; pais e responsáveis, acompanhando o que acontece na escola, dialogando com os professores e ajudando concretamente na gestão e organização de atividades; organizações sociais que desenvolvem projetos educacionais, colaborando para melhorar a qualidade do ensino oferecido; da comunidade escolar (gestores, professores, alunos e pais), estabelecendo as prioridades e linhas de ação dos planos educacionais desenvolvidos nos Municípios, Estados e na União; toda a sociedade, participando por meio das instâncias especialmente construídas para esse fim (conselhos, comitês, etc.).

Destaca-se nesse aspecto, o papel da família na escola. Para que a família possa participar com autoridade nesse diálogo, ela tem que se fortalecer internamente, para ser capaz de enfrentar tanto algumas marcas da cultura pós-moderna, como seu relativismo e individualismo, quanto as dificuldades decorrentes do ritmo cada vez mais frenético e estressante da vida atual, em que jornadas de trabalho crescentes e outros fatores dificultam a interação entre pais e filhos.

Formação integral

A reflexão do subsídio também aponta para a necessidade de uma educação mirada em um humanismo integral, no qual todas as dimensões da personalidade do educando sejam contempladas e desenvolvidas em harmonia, como explica a Congregação para a Educação Católica:  “É importante que a educação escolar valorize não só as competências relativas aos âmbitos do saber e do saber fazer, mas também aquelas do viver junto com outros e crescer em humanidade. Existem competências como aquela de tipo reflexivo, em que se é autor responsável dos próprios atos; aquela intercultural, deliberativa, da cidadania, que aumentam de importância no mundo globalizado e se referem a nós diretamente, como também as competências em termos de consciência, de pensamento crítico, de ação criadora e transformadora”.


Leia também a entrevista com Dom Justino

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Todas as realidades devem ser iluminadas pelo Evangelho

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25 de abril de 2017

Em entrevista à Rádio Vaticano, Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil falou sobre a preparação para a Assembleia da CNBB, que começa na quarta-feira, 26 e vai até 5 de maio. “É sempre um momento muito especial, de comunhão do episcopado brasileiro. Encontramo-nos anualmente para reforçar os laços de unidade, na vida e na missão da Igreja. No Brasil, particularmente entre nós bispos, é uma oportunidade para crescer na colegialidade episcopal e na comunhão que nos une”.

O Arcebispo explicou também que, como acontece a cada ano, a Assembleia é um momento para discutir temas que desafiam a Igreja e a sociedade. “Um dos temas que já estão sendo estudados é justamente o da Iniciação à Vida Cristã, que é o assunto central.” Dom Sérgio disse ainda que, além dessa temática, de especial importância para a Igreja, haverá outras questões que compõe a pauta da CNBB.

“Lembramos o Ano Nacional Mariano, portanto, dentro da Assembleia vamos ter um momento especialmente dedicado ao Ano Mariano, uma grande celebração. Haverá pronunciamentos a respeito de situações atuais da vida da Igreja no Brasil e sobre a situação nacional, questões políticas e econômicas. Todas as realidades necessitam da luz do Evangelho e da Palavra da Igreja”, afirmou Dom Sérgio.

 

Bispos refletem sobre questões atuais

“A vivência cristã, em sua plenitude, não permite a existência da corrupção, da desigualdade, da exploração, da manipulação das consciências e, assim, o cristão cidadão é chamado pelo seu compromisso de fé em Jesus Cristo a ser sinal de transformação permanente no Brasil de nossos dias”, alerta dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB e bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília (DF).

Em declaração ao Estado de Minas, o bispo falou sobre um documento elaborado conjuntamente intitulado “Pensando o Brasil”.  “Temos levado adiante, no âmbito da Conferência dos Bispos, um constante estudo sobre a realidade brasileira por meio de uma iniciativa que damos o nome de Pensando o Brasil. Ele prevê que, na próxima Assembleia, os bispos darão passos nessa reflexão e não escaparão de situações tão graves como as geradas pela corrupção no Brasil”, disse.

 

Já o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, dom Darci José Nicioli, arcebispo de Diamantina (MG), disse ao Estado de Minas que é preciso pensar com honestidade sobre o bem comum. Ele acenou para questões como os lucros dos bancos e a cobrança de imposto sobre herança e grandes fortunas.

 

Com informações da Rádio Vaticano e do Estado de Minas

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