Encontro com padres novos da Arquidiocese

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01 de novembro de 2017

Reunidos em Campos do Jordão (SP), os padres novos da Arquidiocese de São Paulo aqueles que possuem até oito anos de ordenação partilharam três dias de convívio fraterno, entre 30 de outubro e 1º de novembro, junto ao Cardeal Scherer, Arcebispo Metropolitano.

No encontro, os sacerdotes puderam expor suas alegrias, dificuldades e desafios pastorais. O Cardeal ouviu atentamente tais exposições, animando cada um dos padres a viver de forma muito frutuosa o ministério sacerdotal de Jesus Cristo.

O Cônego Walter Caldeira, Provedor da Venerável Irmandade São Pedro dos Clérigos, também falou aos padres sobre a importância de se viver muito unidos aos irmãos: “Vale a pena ser padre! Vale a pena fazer aquilo a que Deus te chamou, pela oração, pela Eucaristia e pelo auxílio mútuo entre os padres!”

Posteriormente, o Cardeal, falando sobre o sínodo arquidiocesano, convocou os padres novos a testemunharem cada vez mais a presença de Deus na cidade de São Paulo: seja por meio de símbolos externos dos templos, seja, principalmente, por uma ação missionária mais intensa. Dom Odilo exortou os padres para que não descuidem de sua formação permanente, que toca no aperfeiçoamento das quatro dimensões que confluem para um ministério sadio e santo: todos os padres devem se exercitar e aperfeiçoar em sua dimensão humana, espiritual, pastoral e intelectual. Assim, segundo o Cardeal Scherer, será possível corresponder à vontade de Deus para a Igreja.

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Dia Nacional da Juventude acontece no próximo dia 28 na Arquidiocese de São Paulo

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13 de outubro de 2017

O Dia Nacional da Juventude 2017 é realizado nas dioceses de todo o País em outubro, com o objetivo de celebrar a vida de forma alegre, descontraída e comprometida com a realidade social em que se vive, como base na Pessoa e a Mensagem de Jesus Cristo.

O tema deste ano é “Juventudes em defesa da vida dos Povos e da Mãe-terra”, e o lema “Os humildes herdarão a terra” (Salmo 37,11).

ACESSE O SUBSÍDIO DO DNJ DESTE ANO

Na mensagem de abertura do Subsídio do DNJ 2017, Dom Vilsom Basso, Bispo de Caxias (MA), Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, deseja que “este Dia Nacional da Juventude seja também marcado por atitudes pessoais e comunitárias de conversão, de contemplação, de simplicidade e sobriedade, contra o consumismo e o descarte, ajudando assim a preservar os biomas brasileiros e a Mãe Terra”.

Na Arquidiocese de São Paulo, o DNJ acontece no próximo dia 28, com uma programação especial que contara com caminhada, Santa Missa, Momentos de oração e Apresentações músicas.

Confira a Programação Completa:

14h30 – Concentração e Acolhida na Catedral da Sé

15h00 – Santa Missa

16h30 – Caminhada da Juventude

17h00 – Chegada ao Vale do Anhangabaú

17h20 – Apresentações musicais e momentos de oração

21h00 – Encerramento

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‘Ser todo ouvidos’ no Sínodo dos Bispos

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Arquidiocese de São Paulo inicia caminho sinodal

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22 de junho de 2017

Durante a missa da Solenidade de Corpus Christi, quinta-feira, 15, o arcebispo metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, anunciou e convocou o Sínodo Arquidiocesano, que terá como tema “caminho de comunhão, conversão e renovação missionária” e como lema “Deus habita esta cidade: somos suas testemunhas”.

Segundo Dom Odilo, o Sínodo será dedicado à vida e à missão da Igreja na Arquidiocese e será uma ação eclesial de grande significado, que contará com o envolvimento de todas as forças vivas desta Igreja particular. “O objetivo principal do Sínodo Arquidiocesano é a renovação da evangelização e da vida pastoral da Arquidiocese, à luz dos apelos de Deus e da Igreja e à luz da realidade, na qual vive a Igreja de São Paulo”, afirmou o Arcebispo.

Na convocação, Dom Odilo também detalhou as várias etapas do caminho sinodal que se concluirá em 2020 com a realização da Assembleia do Sínodo Arquidiocesano.

O Cardeal Scherer explicou que, ao convocar o Sínodo Arquidiocesano na celebração de Corpus Chris- ti, quis destacar que a Eucaristia envia todos em mis- são para o meio da cidade e não só nos ambientes já frequentados pelos católicos. “Também aqueles muitos ambientes em relação aos quais nós não estamos em contato, para os quais também somos enviados como discípulos missionários. Os ambientes que o Papa Francisco gosta de chamar de periferias”, disse o Cardeal, ressaltando, ainda, que essas periferias também podem estar no centro da cidade, pois são periferias ambientais, geográficas, sociais, econômicas e até eclesiais.

Leia a íntegra do anúncio do Sínodo Arquidiocesano

 

 

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Um sínodo para caminhar na mesma direção

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09 de agosto de 2017

Em artigo publicado no O SÃO PAULO, na edição de 19 a 25 de abril de 2017, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, aprofundando o trecho do Evangelho em que Jesus se revela ressuscitado aos discípulos de Emaús, fala sobre o Sínodo Arquidiocesano que será realizado no quadriênio 2017-2020.

No texto, ele explica que “Sínodo significa caminhar juntos, na mesma direção. Jesus fez caminho com os discípulos de Emaús, explicando as Escrituras. Jesus faz um sí- nodo com eles. E eles o reencontram nas Escrituras, no convívio fraterno e no partir do pão (Eucaristia e caridade). Queremos celebrar um Sínodo em nossa Arquidiocese para contar nossa situação, perscrutar as Escrituras e deixar que se aqueçam nossos corações. Vamos perceber que Ele não abandonou sua Igreja mas caminha com ela, renova-a na alegria de crer e de proclamar à cidade de São Paulo a Boa Nova”.

Em outro artigo, de fevereiro deste ano, direcionado aos bispos, párocos, administradores, vigários paroquiais e diáconos da Arquidiocese, o Cardeal explica os motivos que o levaram a convocar o Sínodo.

“Sínodo diocesano é um caminho de reflexão, avaliação, renovação, planejamento e programação, feito com a participação de toda a Igreja particular, através dos seus representantes e delegados para isso. É um evento de grande significado eclesial e pastoral, que requer um amplo envolvimento de todas as forças vivas da Arquidiocese. O Sínodo requer boa preparação e participação em diversos níveis, para rever e avaliar a ação evangelizadora da Igreja, as diretrizes pastorais nos diversos âmbitos da ação pastoral, a busca de caminhos comuns eficazes para que nossa Arquidiocese realize bem sua missão neste tempo e no atual contexto social, cultural e religioso”, afirmou o Cardeal.

Momento de questionamentos

Ele salientou, ainda, que o Sínodo poderá levar à percepção de lacunas e insuficiências na evangelização; à constatação de que existe rotina e cansaço, desmotivação e resignação diante dos desafios e problemas que a Igreja enfrenta na cidade de São Paulo. Dom Odilo, coloca, então, uma série de perguntas que podem surgir a partir dessa reflexão feita conjuntamente. “Pode ser que os fatos e os números relativos à ação pastoral e à vida eclesial nos interpelem e nos façam perguntar: afinal, o que está acontecendo? Por que está acontecendo? Como podemos enfrentar melhor a escassez de vocações? Como tornar nossa Arquidiocese decididamente mais missionária, conforme apelos constantes e fortes da Igreja diante dos desafios da nova evangelização?”.

 Por fim, Dom Odilo diz que “o sínodo diocesano não deverá ter outra finalidade do que lançar um olhar realista para a nossa realidade eclesial e pastoral em São Paulo, com o desejo sincero de sermos fiéis à graça de Deus e de correspondermos bem à missão que nos está confiada nesta Metrópole”.

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Dom Devair Araújo da Fonseca fala sobre situação atual do País

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03 de mai de 2017

Entrevista concedida à Cidinha Fernandes, para o programa “Bom dia, povo de Deus”

Qual a posição da CNBB sobre essas manifestações populares no país?

Aqui estão reunidos os bispos de todo o Brasil, quer dizer, de Norte a Sul, nós temos os bispos aqui reunidos e isso nos dá uma visão muito ampla e muito concreta da realidade de cada região, de cada diocese e o que nosso povo está sofrendo a partir das situações econômicas, com tudo isso que está a nossa volta.

Então, primeira coisa é que nós não estamos isolados, existe uma visão bastante profunda desses acontecimentos. É claro que a situação atual do nosso país tem sido refletida em muitos momentos na nossa assembleia, diversas vezes foi lembrado o número, que mais de 14 milhões de pessoas desempregadas, isso é um número que assusta. Sem contar as transformações, as possibilidades de reforma, de mudança, que também estão sendo propostas, tudo isso tem sido motivo de preocupação e de grande reflexão, é claro que nós sabemos que mudanças, reformas são necessárias, mas os modelos apresentados é que, às vezes, não satisfazem as necessidades do povo, principalmente dos mais pobres.

A reflexão dos bispos vem nos ajudar a aprofundar o tema, não simplesmente dizer sim ou não, mas justamente aprofundar a reflexão para ver como essas mudanças podem beneficiar principalmente as pessoas mais pobres.

 

Normalmente as pessoas mais pobres são as que mais sofrem, as mais atingidas e menos ouvidas, se a gente não tem a Igreja para ser a voz delas, fica mais difícil não é mesmo?

Exatamente, porque a gente sabe que sempre que tem uma crise alguém paga a conta e geralmente quem paga a conta são aqueles que não podem ser ouvidos, aqueles que não podem ser escutados.

É nesse sentido que a Igreja se coloca sempre na defesa dessas pessoas, olhando com muita tranquilidade e com muita serenidade toda a situação, a Igreja não se opõe a esse ou aquele governo, a essa ou aquela situação, mas ela tem essa missão, essa tarefa, esse dever, de justamente falar a verdade sobre essa realidade, trazer a luz, para que o trabalho que vai ser feito, para que as mudanças na reforma, todo o trabalho que vai ser feito, seja feito de uma forma tranquila, sem prejudicar ainda mais os trabalhadores, que já são tão penalizados em tantas situações e de tantas formas.

 

Além dessa preocupação com o trabalhador, também há essa preocupação com a violência, com a falta de segurança pública, tanto nas regiões urbanas, quanto rurais, que certamente mereceram destaque nesse encontro. Outra coisa que gostaria que comentasse é a questão da violência, da insegurança da população e desses conflitos todos, que existem em todo o Brasil, nós vimos que, além de toda essa violência urbana, no domingo aconteceu mais um conflito entre índios e fazendeiros, resultando em vários índios feridos, tendo mãos decepadas, essa é uma preocupação muito grande da nossa Igreja que tem a pastoral indigenista acompanhando.

Sim, esses conflitos nunca acontecem de forma isolada, por isso que nós falamos de crise, de problemas econômicos, aí aparece uma série de eventos, acontecimentos, como se fosse um efeito cascata. Uma situação social degradante, ela impulsiona outra e assim por diante.

Esses conflitos já são antigos e não é por isso que nós temos que nos conformar com ele, então nós não podemos nos acomodar aos conflitos dizendo, sempre foi assim sempre será assim, mas justamente nos precisamos levantar a voz para dizer, então qual é o caminho a ser feito para interromper ou modificar esse comportamento. Essa é uma preocupação da Igreja sempre, os conflitos que acontecem na zona rural, eles tem uma dimensão, mas os conflitos que acontecem nos meios urbanos são da mesma natureza, são apenas separados por uma situação geográfica mas eles têm o mesmo efeito e sempre nisso sofrem aquelas pessoas que são menos amparadas.

A voz da Igreja se levanta nesse sentido de não só pedir o fim dos conflitos, mas que cheguemos realmente em uma forma de solucionar esses problemas, eles são antigos porque as vezes falta uma intervenção direta, uma ação direta, para resolver os problemas na sua raiz.

 

E o caminho para modificar essas situações seria no caso essa questão da gente se preocupar mais com a Iniciação à Vida Cristã? Recentemente, tivemos uma reforma do Ensino Fundamental que propõe excluir o Ensino Religioso, o que dizer nesse sentido a questão da Iniciação à Vida Cristã, a transmissão da fé, as novas gerações, será que estamos fazendo isso direito?

Com relação a este estudo, há 4 anos a CNBB lança um texto chamado ‘Pensando o Brasil’ que tem temáticas diversas, então neste estudo, foi feito uma apresentação bastante ampla, bastante aprofundada da situação educacional do nosso país, que também é muito diferente, se nós vamos ao Norte, Nordeste, ao Centro-Oeste, são situações que tem uma natureza das suas dificuldades, nós vamos ao Sul, uma outra natureza. Então, foi feito como que um apanhado dessa situação, mostrando que a Igreja está atenta a isso, não é porque nós temos escolas que realmente a escola está cumprindo o seu papel, muitas vezes nós temos a instituição, a escola, mas ela não cumpre seu papel de integração e se ela não cumpre esse papel de integração das pessoas na sociedade, certamente no futuro nós vamos colher os frutos negativos dessa ausência de integração, consequentemente a violência e tudo aquilo que a gente vê.

Uma coisa não está desligada da outra, a ausência de não fazer a integração das pessoas na sociedade, não levar a uma consciência, política clara dos acontecimentos muito ruins para o país, no presente e no futuro. Nós sabemos que aqueles países que se desenvolveram foram aqueles países que realmente investiram na educação, mas não só a escola, realmente uma forma de educação regra as pessoas dentro de uma sociedade.

 

A falta de educação gera uma intolerância generalizada né?

Claro, a ausência de uma educação não é só aprender a ler e escrever, mas de como esse cidadão tem uma consciência social, uma consciência política, como que ele se comporta na sociedade, como ele respeita o outro, as diferenças, então tudo isso faz parte de uma educação mais profunda. Educar não é só colocar na escola, mas é também dar condições pra que a pessoa desenvolva suas habilidades e junto com isso nós estamos trabalhando também o tema da iniciação cristã que é educação na fé, então hoje nós os bispos e acho que a Igreja como um todo, como levar as pessoas, os nossos católicos, os nossos cristãos, a uma iniciação na fé que gere um compromisso transformador, não é só dar a catequese, não é só ensinar algumas coisas.

O Papa Bento XVI quando esteve em Aparecida ele recordava, que não começa a se seguir Jesus Cristo porque se conhece uma doutrina mas porque se conhece uma pessoa, então fundamentalmente, a iniciação cristã, é a apresentação da pessoa de Jesus Cristo, para que realmente cada pessoa possa fazer a sua opção pessoal diante da verdade da fé. E esse é o trabalho que nós estamos fazendo e hoje teremos a votação do texto final e possivelmente posterior complicação.

 

Será que nós Igreja, estamos falando a linguagem do povo? O retiro do Dom Bernardo [Bernardo Bonowitz, abade do Mosteiro Trapista do Paraná] destacou algo nesse sentido?

Dom Bernardo fez uma pregação sobre Nossa Senhora, partindo de uma coisa muito profunda da própria experiência dele, ele não veio falar de uma doutrina de Nossa Senhora mas ele falou do encontro pessoal dele com Nossa Senhora e uma coisa que ele destacou bastante foi que não é possível entrar na vida cristã sem essa dimensão do contato, do conhecimento com Maria, justamente porque ela é aquela que nos apresenta o Salvador, Jesus Cristo.

Então essa forma de falar foi uma forma muito bonita mas ao mesmo tempo uma forma muito catequética, muito prática, não é simplesmente uma devoção, mas saber porque essa devoção a Maria faz a diferença no nosso conhecimento da fé. Ele foi muito feliz nas suas colocações, foram quatro colocações entre sábado e domingo pela manhã e nós sentimos isso, um apelo realmente a essa fé mariana que nos coloca dentro da realidade, recordando que aqui em Aparecida há 10 anos aconteceu a Conferência dos Bispos, com o Papa Bento e o Cardeal Bergolio também estava presente porque participava das sessões como secretário.

Então o Papa Bento e o Francisco também estiveram aqui como cardeal, e é uma coisa interessante porque se a gente faz a cobertura do documento Evangelli Gaudium a gente vê claramente os traços da Conferência de Aparecida, então para nós católicos é sempre importante essa referência mariana e perceber como Maria nos ajuda a iluminar e esclarecer a nossa fé.

 

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O que os bispos estão falando sobre a 55º Assembleia Geral da CNBB?

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25 de abril de 2017

Começa na próxima quarta-feira, 26, a 55º assembleia geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). São esperados cerca de 350 bispos de todas as dioceses do Brasil, que se reunirão em Aparecida até o dia 5 de maio. Neste ano com o tema central “iniciação à vida cristã”.

Além de debaterem sobre temas da vida e missão da Igreja e sobre as questões sociais da vida do povo, a assembleia também é um momento para a oração, retiro espiritual e comunhão fraterna entre o colegiado episcopal.

Em preparação para o evento, alguns bispos já se pronunciaram sobre a 55º Assembleia Geral da CNBB e suas expectativas.

O arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, em sua coluna diária da Rádio 9 de Julho, Encontro com o Pastor, desta segunda-feira, 24, falou sobre o tema e pediu que os fiéis desde já rezassem pela assembleia geral, e para que ela tenha bons frutos.

Dom Odilo comentou que é um momento muito importante, bonito e forte, onde toda a Igreja do Brasil estará reunida e representada através dos seus bispos, para refletir sobre a realidade do país, do povo e da Igreja.

 “Refletiremos sobre as questões que precisam de uma palavra, de uma decisão, sobre as questões da vida interna da Igreja, a liturgia, catequese, a formação do clero, da vida religiosa; a religiosidade do nosso povo. Sobrem as questões que desafiam a evangelização e o trabalho da Igreja”.

Ao comentar sobre o tema central desta assembleia, o Cardeal Scherer enfatizou que a iniciação à vida cristã é formar bons cristãos por meio de uma boa catequese, é formar discípulos e missionários de Jesus Cristo. “Gente preparada para viver a fé com generosidade, com coragem e com decisão ao longo de toda a sua vida”, comentou.

Em sua reflexão, o arcebispo considera que todos nós aprendemos a ser cristão; a buscar a Deus; e a perseverar através da nossa fé. Por isso a importância e a preocupação da Igreja com deste tema.

Nas palavras de Dom Odilo, por algum tempo a Igreja não prestou muita atenção nesta urgência, e atualmente há muitas pessoas que não sabem o que é ser cristão e nem o que é ser católico, e possuem uma fé muito superficial. “Na prática, não passou da catequese de primeira comunhão, e talvez nunca mais tiveram a oportunidade de ir ao encontro de aprofundamento da fé”, afirmou.

E indagou, por exemplo, aquelas pessoas que não frequentam regularmente a Igreja, que não vão as missas todos os domingos, “De onde tiram esclarecimentos e também a força de viver e testemunhar a sua fé? ”. O Cardeal disse que cerca de 85% dos católicos nunca ou quase nunca vão à Igreja, estas pessoas acabam não sabendo o que é ser cristão, pois não alimentam a sua fé, e não possuem vivência com Deus, e por muitas vezes na primeira dificuldade da vida, abandonam tudo.

Por isso a necessidade de melhorar esta urgência, para que mais pessoas tenham o conhecimento da fé e aprofundem sua experiência de Deus através da religião e dos primeiros sacramentos. São estes e outros temas que os bispos debateram durante estes 9 dias de assembleia.

Dom Odilo concluiu sua mensagem informando que tudo que será debatido e trabalhado na Assembleia, poderá resultar em um documento final para toda a Igreja do Brasil. Que será útil para a catequese, para as famílias, comunidades e sobretudo no trabalho permanente de evangelização e formação do cristão.

Porque trabalhar a Iniciação à vida Cristã como tema central?

Em entrevista ao Portal A12, o Cardeal Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília, falou que a escolha do tema foi baseada nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora para o Brasil (DGAE), que é o documento que traz as orientações pastorais do quadriênio 2015-2019. A iniciação à vida cristã é uma das cinco urgências desta ação.

“A iniciação cristã se aplica àqueles que estão sendo iniciados na fé, sejam crianças, adultos ou jovens. Nós estamos precisando dar mais atenção à iniciação cristã, isto é, à catequese primeiramente, mas também aos ritos de iniciação cristã, a começar do Batismo, que precisa ser mais valorizado, melhor preparado e vivenciado”, explicou Dom Sérgio.

Já Dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário-geral da CNBB, explicou como será trabalhado o tema na 55ª AG: “O tema central da assembleia deste ano já vem sendo trabalhado em nossas comunidades há vários anos. Vamos retomar a reflexão sobre a ‘Iniciação à Vida Cristã’. Uma comissão especial, instituída pela Presidência da CNBB, tem trabalhado o assunto nos últimos meses. Durante a Assembleia, todos os bispos terão oportunidade de se manifestar diante do tema. Um texto de trabalho já está em ampla discussão, e teremos, seguramente, uma oportunidade frutuosa para aprofundar essa questão central na caminhada da Igreja”.

Iniciação à Vida Cristã: o foco da evangelização na Diocese

Em um artigo publicado no site da CNBB Sul 3, Dom Adelar Baruffi – Bispo da Diocese de Cruz Alta, escreveu sobre o tema da 55º Assembleia Geral dos bispos. A iniciação à vida cristã já está estava inserida nos compromissos assumidos pela diocese em seu 19º Plano da Ação Evangelizadora: “promover o processo da Iniciação à Vida Cristã como eixo integrador de toda a ação eclesial. ”

Dom Baruffi afirmou que já deram importantes passos, sobretudo na catequese a serviço da iniciação à vida cristã, integrada com a liturgia, a comunidade de fé, a leitura orante da Palavra e a vida. “Ainda não temos tudo claro, vamos construindo juntos, buscando iluminação com assessorias, estudos e experiências já realizadas. Vimos com muita esperança o fato que o tema central da 55º Assembleia Geral da CNBB, deste ano, será sobre “A iniciação cristã no processo formativo do discípulo missionário de Jesus Cristo. ”. E continou: “Contudo, todos nós, bispos, padres, religiosos e leigos envolvidos na ação evangelizadora temos certeza que não podemos mais supor que nossos batizados, pelo fato de terem realizado a catequese, já tenham consciência de sua condição de discípulos de Jesus Cristo, tendo livremente aderido a Ele, vinculados numa comunidade de fé e vivendo as consequências éticas desta fé professada”.

A abertura da Assembleia será na próxima quarta-feira, 26, os trabalhos dos bispos começam com a missa diária no Santuário Nacional com laudes, sessões pela manhã e à tarde; no final de semana acontece o retiro dos bispos e os encontros da Assembleia se concluem no dia 04 de maio.

 (Com informações da CNBB Nacional e CNBB Sul 3)

 

 

 

 

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