A ativista pró-vida que salvou mais de 20 mil bebês

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15 de agosto de 2019

Aos 76 anos, na sexta-feira, 9, morreu a ativista italiana Paola Bonzi, que ajudou a salvar 22.633 crianças por meio dos Centros de Ajuda à Vida, fundados por ela em 1984. 


Paola nasceu em 1973, em Mantovano, Itália, mas sempre morou em Milão. Desde os 23 anos, padecia de cegueira, o que não a impediu de se formar em educação e magistério, especializando-se em educação de crianças com deficiências. Formou-se também em consultoria familiar e ciências religiosas. 


Entretanto, em 1978 foi aprovada a lei que descriminalizava o aborto no País. Nos anos seguintes à entrada em vigor dessa lei, com outros ativistas do movimento pró-vida da Itália, Paola se empenhou para estar próxima das mulheres que desejavam abortar, apesar das dificuldades, uma vez que a presença de voluntários contra o aborto, nos anos seguintes à lei, era pouco tolerada pela sociedade italiana. 


Em 1984, com sede em um hospital de Milão, Paola fundou o primeiro de muitos Centros de Ajuda à Vida. A partir disso, surgiu uma numerosa rede de voluntários que expandiram o projeto a muitos lugares.  


“Corajosa, educada, empreendedora, doce, tenaz, apaixonada e sempre pronta para acolher, ela mesma, as mães tentadas a abortar por causa de uma gravidez difícil e inesperada”, escreveu Marina Casini Bandini, atual presidente do Movimento pela Vida na Itália. “Paola repetia sempre que os bebês haviam nascido graças às suas mães, porque no coração das mulheres havia sido dito sim à vida”, completou Marina.
 

Fontes: ACI Digital/ avvenire.it

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Governador de Nova Iorque aprova aborto até nono mês

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05 de fevereiro de 2019

O governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, que se diz católico, assinou uma lei que, na prática, autoriza o aborto até o nono mês de gravidez em todo o estado de Nova Iorque. O governador não apenas assinou a lei, como foi um dos grandes defensores do aborto em toda a sua carreira política. O governador também propôs que fosse feita uma celebração – que o prédio construído onde antes estavam as torres gêmeas fosse todo iluminado – pelo “direito” ao aborto.

Inúmeros fiéis católicos americanos estão protestando, sentindo-se ultrajados pelo comportamento indigno e anticristão do governador e têm pedido a sua excomunhão. Dom Joseph Strickland, Bispo de Tyler (no Texas), afirmou que qualquer sociedade saudável chamaria a medida do Governador de infanticídio!”.

Fonte: Life Site News/ National Review
 

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Centenas de milhares marcham pela vida

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28 de janeiro de 2019

Centenas de milhares de pessoas enfrentaram o frio do inverno de Washington (próximo de zero grau) na sextafeira, 18, para a marcha anual pela vida. Desde a decisão da Suprema Corte, em janeiro de 1973, que liberou a prática do aborto no País até os 9 meses de gravidez, todos os anos, manifestantes pró- -vida se reúnem na Capital Americana para protestar e pedir o respeito à vida dos bebês nascituros.

A marcha começou pouco depois da celebração de uma missa na Basílica da Imaculada Conceição, celebrada pelo Núncio Apostólico nos Estados Unidos, Dom Christophe Pierre, que explicou aos fiéis que eles contribuem para a “renovação da sociedade americana”. Já o Arcebispo de Kansas City, Dom Joseph Naumann, afirmou na abertura da vigília que antecedeu a marcha, na quinta- -feira à noite, 17: “A ética pró-vida nos desafia a nos importar com a sacralidade de cada ser humano em todo o espectro da vida. Somos chamados sempre e em todo lugar a promover a dignidade da pessoa humana”.

Participaram da marcha inúmeros sacerdotes e religiosos, famílias e professores. Embora a maioria dos participantes seja cristã, também havia grupos de pessoas sem religião, bem como democratas que defendem o direito à vida.

O vice-presidente, Mike Pence, esteve na marcha e o presidente Donald Trump enviou uma mensagem, na qual, referindo-se ao movimento pró-vida, afirma que “esse é um movimento fundado no amor e enraizado na nobreza e dignidade de cada vida humana”. O presidente também afirmou que continuará a fazer tudo ao seu alcance para proteger “o primeiro direito da declaração de independência, o direito à vida”, inclusive vetar qualquer projeto que prejudique ou reduza a “proteção à vida humana”. Já Mike Pence disse: “Estamos aqui porque acreditamos, como os nossos pais fundadores, que todos nós, nascidos e nascituros, recebemos de nosso Criador certos direitos inalienáveis, e o primeiro desses direitos é o direito à vida”.

Na manifestação, uma senhora, Claudia Turcott, carregava um cartaz que dizia: “25 anos atrás, eu pensei que o aborto era a única saída, mas finalmente saí daquela clínica com o meu bebê naquele dia”. Ao seu lado, sua filha, Taylor Turcott, tinha um cartaz que dizia: “1994: eu sobrevivi a hora marcada para o aborto pela minha mãe”.

Já o pai de família John Moore, que tem seis filhos, fez uma longa peregrinação para chegar a Washington. Foram 4,5 mil quilômetros percorridos a pé desde abril de 2018, quando iniciou sua caminhada, carregando uma cruz: “Em São Francisco, muitas pessoas gritavam vulgaridades para o meu pai e muito perto dele. Ele sabia que o mal ia chegar, por isso quando essas coisas aconteciam, ele se calava e continuava caminhando. Quando saímos da cidade, ele recebeu apoio”, contou Laura, filha de John, que o acompanhou com um carro para lhe prestar assistência, dando-lhe água e comida.

Na França, a marcha pela vida foi realizada em Paris, no domingo, 20. Segundo os organizadores, participaram aproximadamente 50 mil pessoas. O aborto é legal na França até o 3º mês de gravidez. O termo “aborto”, considerado muito chocante, é sistematicamente evitado pelos defensores da prática – e mesmo pela sociedade em geral – que preferem utilizar eufemisticamente a expressão “interrupção voluntária de gravidez”, ou IVG. Além do direito à vida, outras questões de bioética também estavam na pauta dos manifestantes, como a difusão da “PMA”, ou procriação medicamente assistida, com o uso de técnicas como a fertilização in vitro, que implica o congelamento e eventual descarte de inúmeros embriões humanos.

Fontes: ACI/ CNA/ Life Site News/ Valeurs Actuelles
 

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Grupos em defesa da vida realizam manifestação em São Paulo

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10 de dezembro de 2018

A Avenida Paulista, cartão postal da cidade de São Paulo, foi palco de uma manifestação em defesa das vidas das mulheres gestantes e dos bebês em seus ventres, no domingo, 2. Promovido pelo Movimento Brasil pela Vida, o ato reuniu diversas organizações da sociedade e de diferentes confissões religiosas que lutam contra as tentativas de descriminalização do aborto no Brasil.

Com o slogan “Salvemos as duas vidas”, a manifestação foi motivada pela discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 422/2017, que propõe a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.

Os grupos pró-vida defendem que as questões sobre a proibição do aborto sejam discutidas apenas na esfera legislativa. Por isso, pedem aprovação do Projeto de Lei 4754/2016, em tramitação na Câmara dos Deputados, que visa a tipificar como crime de responsabilidade dos Ministros do STF a usurpação de competência dos poderes Legislativo ou Executivo.

 

EM DEFESA DA MULHER

Além da mobilação contra a legalização do aborto, a manifestação deu destaque às várias iniciativas que oferecem assistência a mulheres que enfrentam gravidezes inesperadas e eventualmente pensem em interrompê-las por falta de amparo. Uma dessas organizações é o Centro de Reestruturação para a Vida (Cervi), que realiza esse trabalho há 18 anos com uma equipe multidisciplinar que auxilia essas mulheres, muitas delas vítimas de abuso sexual, violência doméstica ou que tenham passado pela experiência do aborto. Nestes 18 anos, a entidade atendeu cerca de 19 mil mulheres. 

“As mulheres que nos procuram passam por uma triagem e são conscientizadas a respeito da gravidade do aborto e o impacto que podem causar na sua vida. Não basta dizer a elas para não abortar, é preciso dar acolhimento. Elas passam a gestação inteira conosco, sendo acompanhadas por assistentes sociais, psicólogos, além de trabalharmos com suas famílias”, explicou Regina Giuliani, coordenadora do Cervi.

 

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Multinacional abortista é proibida de atuar

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04 de dezembro de 2018

As autoridades médicas quenianas proibiram a organização abortista internacional Marie Stopes de realizar abortos no País. Em setembro, a Organização já tinha sido instruída a interromper a publicidade pró-aborto que vinha fazendo, cujo alvo principal eram jovens adolescentes e que não só chocava a moral profundamente cristã dos quenianos, mas também contrariava as leis do País, que só permitem o aborto para salvar a vida da mãe e proíbem toda forma de publicidade do procedimento. 

A organização é um dos gigantes internacionais do aborto, presente em 37 países, com 12 mil funcionários. Atualmente, uma campanha na plataforma CitizenGo África pede que a organização seja banida do País.

Fonte: Life Site News
 

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Antiga clínica de abortos agora é centro de atendimento pró-vida

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26 de outubro de 2018

Um imóvel na cidade de Bettendorf, em Iowa, serviu à Planned Parenthood – organização abortista conhecida como a “multinacional da morte” – como clínica de abortos durante quase duas décadas. Após a eleição de 2016, a maioria republicana no Legislativo estadual conseguiu cortar o financiamento público ao aborto e, como consequência, a clínica foi obrigada a fechar no ano passado. 

O imóvel agora é a sede de um centro de atendimento familiar pró-vida, que oferece ajuda a mulheres grávidas, jovens pais em dificuldade e suas famílias. O edifício foi construído há 20 anos. Antes da construção, os pró-vidas locais enterraram medalhas religiosas no terreno e começaram a rezar, primeiro, contra a construção, e, depois, pelo fechamento da clínica.

Após comprar o imóvel, os novos donos pediram a um sacerdote que realizasse um exorcismo no local, devido ao seu uso nefasto durante tanto tempo. “O que é melhor para resgatar um imóvel do que exorcizá-lo e depois enchê-lo de pró-vidas?”, disse um dos membros do novo Centro.

Fonte: Life Site News
 

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Violência abortista

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15 de outubro de 2018

"Life Chain” (corrente pela vida) é o nome de um evento anual em que milhares de manifestantes pró-vida se colocam em mais de 200 esquinas de cidades importantes do País com cartazes dizendo “O aborto fere as mulheres”, “O aborto mata crianças”, “Adotar, a opção do amor”, entre outros. A manifestação é 100% pacífica e silenciosa – os manifestantes não devem nem mesmo iniciar uma conversa com os passantes.

Em 30 de setembro, Marie-Claire Bissonnette participava da organização do evento quando, às 14h30, foi atacada por um homem a favor do aborto. O homem – que ostentava um colar com um pentagrama, símbolo adotado pelos satanistas – começou a escrever sobre os cartazes, para ocultar as mensagens pró-vida. Quando os manifestantes começaram a impedi-lo, ele passou a escrever sobre as roupas dos manifestantes (incluindo uma menina de 10 anos). Marie-Claire começou a filmar o agressor e a questioná-lo, dizendo-lhe que estava destruindo propriedade privada. Após trocar algumas palavras sobre o aborto em caso de estupro, o homem lhe chutou violentamente o ombro, derrubando-a no chão. 

Esse foi apenas mais um caso de violência contra manifestantes pró-vida no Canadá. Diversos vídeos publicados na internet mostram manifestantes pró- -vida recebendo socos e empurrões, sendo insultados e ameaçados com um taco de beisebol, entre muitas outras agressões. Marie-Claire conta que já foi atacada com pedras e já recebeu cusparadas e empurrões. Ela gravou todo o episódio com seu telefone e prestou queixa na Polícia. Seu agressor – cujo nome, Jordan Hunt, foi divulgado – deverá responder na justiça e está sendo procurado pelas autoridades.

Fonte: Life Site News
 

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40 dias pela vida

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08 de outubro de 2018

A cada ano, uma grande campanha pela vida é realizada por todo o País. Em 2018, grupos em 415 cidades estão participando. A campanha propõe oração, jejum e vigílias pacíficas (próximas a clínicas de aborto) para “mudar os corações e mentes de uma cultura da morte para uma cultura da vida, trazendo assim um fim ao aborto”, diz o site da campanha. 

Os organizadores informam que, até agora, as campanhas pela vida já permitiram salvar 14,6 mil bebês de serem abortados. Foram 5,6 mil atividades em 769 cidades nos Estados Unidos e no exterior. Durante essas campanhas, 96 clínicas de aborto fecharam e 178 empregados que trabalhavam com aborto decidiram mudar de emprego. 

A campanha, que começou em 26 de setembro, encoraja a presença positiva e orante nas proximidades das clínicas. Os participantes devem evitar gritos e confrontações com os pacientes e com os funcionários, mas utilizar fotos e imagens de abortos para convencer as pessoas a mudar de ideia.

Fonte: CNA 
 

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Milhares vão às ruas de São Paulo para dizer ‘sim’ à vida

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09 de outubro de 2018

Na tarde do domingo, 30 de setembro, milhares de pessoas começaram a se concentrar diante da Paróquia Imaculada Conceição, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, próxima à Avenida Paulista. Eram famílias com crianças, jovens, adultos, religiosos e religiosas, seminaristas, padres e membros de outras confissões religiosas e organizações da sociedade, com lenços azuis no pescoço, faixas e bandeiras. 

Às 16h, o grupo iniciou uma caminhada em direção à Praça da Sé. Nesse mesmo instante, caiu uma forte tempestade que os acompanhou por praticamente todo o percurso. Mas nem isso dispersou as pessoas que entoavam frases como: “Vida sim, aborto não!” e “Salvemos as duas vidas!”, em alusão à defesa da vida tanto da mulher quanto da criança gerada em seu ventre. 

Segundo os organizadores, a Marcha pela Vida reuniu aproximadamente 15 mil pessoas. A iniciativa faz parte da chamada “onda celeste latino-americana” frente às tentativas de legalização do aborto em diversos países do continente. No Brasil, a manifestação foi motivada pela discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 422/2017, que propõe a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. 

Ao passar em frente ao Hospital Pérola Byngton, Centro de Referência da Saúde da Mulher, os manifestantes caminharam em silêncio e soltaram balões azuis, em memória das muitas vítimas do aborto. 

Na Praça da Sé, diante da Catedral Metropolitana de São Paulo, foi colocado uma representação inflável de um feto no ventre materno com uma luz no seu interior que piscava, indicando as batidas de seu coração. De acordo com os organizadores, esse símbolo irá percorrer todo o País em futuras manifestações em favor da vida.

 

EXERCÍCIO DE CIDADANIA

O Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, participou do encerramento do evento. Ele enfatizou que a Marcha foi realizada no contexto da Semana Nacional da Vida, que, neste ano, coincidiu com a semana que antecede as eleições, que acontecem no domingo, 7. “Esta manifestação quer ser também um recado para todos os políticos, candidatos e governantes que o dia 8 é Dia do Nascituro, daquele que ainda está por nascer, mas já é gente. Nós queremos defender o seu direito de viver, o primeiro de todos os direitos”.

Para Sumaya Zogbi, uma das organizadoras da Marcha, a adesão das pessoas à manifestação foi a prova da necessidade de defender a vida. “Houve uma grande conscientização que uniu os cristãos e todas as pessoas de bem envolvidas nessa causa de defesa da vida desde a sua concepção, como prevê a nossa Constituição. Nós lutamos para que o direito à vida não seja adulterado. Uma criança no ventre necessita de cuidado e proteção da mãe e de todos os que estão a sua volta. Essa é uma questão de cidadania”, afirmou, acrescentando que, assim como o nascituro, a vida da mãe é importante e necessita de proteção. “Uma mulher em crise, que passa por uma situação de gestação que não esperava, também precisa de apoio e proteção. Qualquer atitude momentânea pode trazer consequências para o resto da vida dessa mulher”, afirmou.

Ainda segundo Sumaya, o perfil do público que aderiu à Marcha comprova que a manifestação não teve caráter 
político partidário, e, sim, foi um exercício de cidadania. “Qualquer pessoa com consciência sabe que o valor da vida tem de ser defendido”.

 

TESTEMUNHOS

Um grupo de fiéis da Paróquia Nossa Senhora da Candelária, em São Caetano do Sul (SP), na Diocese de Santo André, também aderiu à proposta. Eles promovem há três anos a iniciativa Jogo pela Vida, que, por meio de partidas de futebol, conscientiza as pessoas sobre a importância de se defender a vida humana em qualquer situação. Como gesto concreto, o grupo arrecada fraldas para serem doadas para gestantes carentes. “Por meio do futebol, conseguimos não só promover uma vida saudável, como também chamar a atenção de pessoas que nem sempre vão à Igreja sobre o valor da vida”, explicou Anderson Ferre, coordenador do projeto. 

Um grupo de 30 ciclistas da Paróquia Rainha da Paz, na Diocese de Santo Amaro, participou da marcha mesmo debaixo da chuva. “Nós temos que conscientizar as pessoas que quando nos posicionamos contrários ao aborto, nós estamos defendendo também a vida da mulher”, disse a ciclista Jeanine Castilho de Freitas Rossi. 

No final da Marcha, foi lido um manifesto amplamente divulgado nas mídias sociais, no qual se enfatizava que “a vida está acima de quaisquer bens econômicos e constitui-se no primeiro direito a ser preservado por leis sábias e políticas públicas de governo, por iniciativas sociais, culturais ou econômicas”. 

“Quando o direito à vida é negado, ou não é devidamente valorizado, todos os demais direitos deixam de existir ou ficam expostos a riscos e inseguranças”, destaca o manifesto (leia o na íntegra aqui). 

 

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Em defesa da vida da mulher e do nascituro

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25 de setembro de 2018

O dia 30 de setembro é a data marcada para a realização da chamada “onda celeste latino-americana” pela vida. A iniciativa popular reúne diversas organizações da sociedade para uma manifestação silenciosa da Avenida Paulista, em frente à Paróquia Imaculada Conceição, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 2071, até a Praça da Sé, a partir das 16h, em defesa da vida e contra as tentativas de legalizar o aborto no Brasil e em outros países do continente.

O movimento nasceu inspirado nas iniciativas realizadas em outros países, como a Argentina, onde, no dia 9 de agosto, foi rejeitado pelo Senado o projeto de lei que liberaria o aborto até a 14ª semana de gestação. Em São Paulo, no dia 14 do mesmo mês, também aconteceu uma caminhada silenciosa entre a Praça Adolfo Bloch e a Praça da Paz, contra a discussão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 422/2017, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que propõe a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.

Na sexta-feira, 14, o novo presidente do STF, Dias Toffoli, e o Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), concordaram que o assunto da descriminalização do aborto será discutido no Parlamento a ser eleito em outubro.

 

APOIO DA ARQUIDIOCESE

Em carta enviada a toda a Arquidiocese de São Paulo, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, manifestou apoio à Marcha pela Vida e ressaltou que a iniciativa é “‘em favor das duas vidas’ – da mãe e do filho que ela gera”.

“O direito à vida do ser humano, ainda em fase de gestação, é defendido claramente pela Igreja, que também defende a dignidade e a vida da mulher gestante”, afirmou Dom Odilo na carta, ressaltando que políticas de saúde adequadas podem oferecer segurança e amparo à mulher nas situações de “gravidez de alto risco”, sem o recurso ao aborto como solução.

O Arcebispo incentivou as organizações eclesiais a participarem da Marcha e enfatizou que a manifestação não terá caráter partidário nem propriamente religioso, “e quer contar com o apoio e a participação de todas as pessoas que tenham essa mesma convicção de respeito, valorização e defesa ‘das duas vidas’”.

 

DIREITO À VIDA É FUNDAMENTAL

A advogada Angela Vidal Gandra da Silva Martins, doutora em Filosofia do Direito e pesquisadora de Antropologia Jurídica, e membro da União dos Juristas Católicos de São Paulo (Ujucasp), é uma das apoiadoras da Marcha. Em entrevista ao O SÃO PAULO, ela considerou a ADPF apresentada pelo PSOL como “oportunismo político” a fim de deslocar o debate sobre o aborto das casas legislativas para o Judiciário.

“A inviolabilidade da vida humana é um conceito absoluto. Particularmente, penso que este não é um assunto sujeito a debate, pois se trata do primeiro direito fundamental do ser humano e, por isso, deve ser protegido. Agora, se chegamos ao ponto de querer debatê-lo, não é no Judiciário que isso deve acontecer”, afirmou a Jurista.

Angela Martins esclareceu, ainda, que não existe um suposto “direito constitucional ao aborto”, pois esse assunto foi amplamente debatido durante a elaboração da Constituição de 1988. Por isso, não pode haver um descumprimento constitucional, como foi alegado na discussão levada ao STF. “Não há nenhuma abertura mínima ao aborto como direito, com exceção do Código Penal que despenaliza a prática em duas situações concretas [quando a gravidez é resultante de um estupro e se não há outro meio de salvar a vida da gestante], mas não o descriminaliza”, enfatizou.

Angela Martins esclareceu, ainda, que não existe um suposto “direito constitucional ao aborto”, pois esse assunto foi amplamente debatido durante a elaboração da Constituição de 1988. Por isso, não pode haver um descumprimento constitucional, como foi alegado na discussão levada ao STF. “Não há nenhuma abertura mínima ao aborto como direito, com exceção do Código Penal que despenaliza a prática em duas situações concretas [quando a gravidez é resultante de um estupro e se não há outro meio de salvar a vida da gestante], mas não o descriminaliza”, enfatizou.

 

MÉDICOS PELA VIDA

Um dos grupos que aderiram à manifestação do dia 30 é o movimento Médicos pela Vida, que reúne profissionais de diversas especialidades da Medicina, com posicionamento contrário ao aborto. A primeira iniciativa do grupo foi a elaboração de um vídeo que circulou pelas redes sociais, em que 80 profissionais manifestam seu posicionamento em favor da vida, a partir do juramento de Hipócrates, datado de 500 anos antes de Cristo, feito tradicionalmente pelos médicos no momento da formatura, que, em um dos trechos, diz: “A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza à perda. Do mesmo modo, não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva”. Após a divulgação do vídeo, outros médicos aderiram ao movimento por meio das redes sociais.

Membro do movimento Médicos pela Vida, o psiquiatra Ricardo Toniolo explicou à reportagem que aborto induzido nunca é uma solução saudável para a mãe. Ele chamou a atenção para uma realidade que não costuma ser levada em conta no debate sobre a legalização do aborto por parte dos grupos favoráveis à prática: a chamada síndrome pós-aborto. “Além das inúmeras consequências físicas para a saúde da mulher, há diversas consequências psicológicas, que, muitas vezes, causam transtornos mentais crônicos, ou seja, para o resto da vida das mulheres que fizeram o aborto”, enfatizou Ricardo Toniolo, reforçando que não existe aborto seguro. “As consequências são gravíssimas, ainda mais porque a mulher que toma decisão está insegura e, muitas vezes, é aconselhada de uma maneira que agride a sua própria consciência. Portanto, do ponto de vista psicológico, a decisão pelo aborto nunca é pela saúde”.

Diante desses riscos, o Psiquiatra salientou que uma real preocupação com a saúde da mulher se daria por meio de serviços de apoio, aconselhamento psicológico e social às mulheres em situações de gravidez indesejada, para que não busquem o recurso do aborto. Ele também alertou para o risco de a legalização do aborto acabar expondo mais mulheres a sofrerem as consequências psicológicas desse procedimento. “A legalização do aborto é uma solução paliativa e mentirosa”, afirmou.

Ricardo Toniolo destacou que é preciso informar adequadamente e ajudar a população a desenvolver um pensamento crítico bem fundamentado a respeito do tema, para que as pessoas não sejam enganadas por aquilo que ele chamou de “jogos linguísticos” ou “brincadeiras semânticas” que são feitos pelo movimento pró-aborto, e que confundem a opinião pública, como, por exemplo, a expressão “saúde reprodutiva da mulher”, usada em muitos discursos e até em programas de governo de candidatos às eleições do Legislativo e do Executivo. “Tenta-se equivaler a prática do aborto a um suposto direito reprodutivo da mulher, quando é óbvio que a criança gerada não faz parte do corpo da mãe. Usam-se, portanto, palavras que, no inconsciente das pessoas, estão ligadas a bons significados, mas que, na verdade, estão significando outra coisa”, explicou.

 

 

OBJETIVOS DA MARCHA PELA VIDA

Pressionar os poderes públicos a respeitarem a vida desde a fecundação;

• Promover a divulgação das associações que oferecem orientação e apoio às gestantes em crise;

• Conscientizar a população sobre a importância de se votar em políticos e partidos pró-vida, especialmente para o Legislativo;

• Oferecer argumentos reais aos 14% dos brasileiros que são a favor do aborto ou sua descriminalização, mostrando que esse “procedimento” é um atentado contra a humanidade;

• Pedir o arquivamento da ADPF 442/2017, que quer legalizar o aborto até a 12ª semana do nascituro;

• Pedir a aprovação do PL (projeto de lei) 4754/2016, para coibir o ativismo judicial e impedir que o Poder Judiciário usurpe o Poder Legislativo;

• Não permitir que a Marcha seja utilizada como ferramenta eleitoral.

 

 

 

 

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