VATICANO

Papa Francisco

A Igreja de Cristo em missão no mundo

Por JOSÉ MARIANO ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
01 de abril de 2020

É necessário renovar o empenho de anunciar e levar a salvação, diz o Papa

Batizados e enviados. Esse é o centro da mensagem do Papa Francisco para a Jornada Mundial das Missões, celebrada no domingo, 20. Em missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, ele reforçou a mensagem que havia publicado em 9 de junho, na qual afirmou que nossa “pertença” a Deus não é um ato individual, isolado, mas parte da pertença à Igreja.
Da comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo por meio do Batismo, diz o Papa na mensagem, “nasce uma vida nova partilhada com muitos outros irmãos e irmãs”. E, por isso, vive-se uma riqueza que precisa ser compartilhada, anunciada. Daí nasce o sentido da missão da Igreja.
“Gratuitamente, recebemos esse dom e, gratuitamente, o compartilhamos, sem excluir ninguém”, afirma o Pontífice. “Deus quer que todos sejam salvos, chegando ao conhecimento da verdade e da experiência da sua misericórdia, graças à Igreja, sacramento universal da salvação”, completa.
Em sua homilia do domingo, Francisco recordou as diversas vezes em que profetas, e mesmo Jesus, subiam ao monte para rezar e, ali, aproximar-se de Deus. Somente a oração e a renúncia às coisas do mundo permitem que um verdadeiro espírito de missão se instale.

MISSÃO NO MUNDO
Desde o início de seu pontificado, o Papa Francisco vem pregando uma “Igreja em saída”, ou seja, que está aberta à missão, e não fechada em si mesma. O desafio, diz ele, é abrir-se para ver o mundo “com os olhos de Deus”, atentos, esperançosos e misericordiosos, de forma constante e permanente.
“Quantos santos, quantas mulheres e homens de fé nos testemunham, nos mostram que é possível e praticável essa abertura ilimitada, essa saída misericordiosa como impulso urgente do amor e da sua lógica intrínseca de dom, de sacrifício e de gratuidade”, acrescentou na mensagem.
A missão da Igreja no mundo é, portanto, praticada por toda pessoa batizada, que busca vencer o pecado e a morte e regenerar a “semelhança de Deus” no mundo.
A chamada “missão ad gentes”, das pessoas que deixam suas casas, países, culturas para ir ao mundo numa verdadeira saída geográfica, ainda é necessária “até os confins da Terra”.
É em movimento que o cristão alcança sua missão. “Jesus diz também a ti: ‘Vai, não perca a ocasião para testemunhar!’”, lembra Francisco. E esse testemunho é destinado a todos, e não só a pequenos grupos.
“Fazei discípulos”, recorda o Papa, “Mas discípulos Dele, e não nossos. A Igreja anuncia bem smente se vive como discípula. E o discípulo segue todos os dias o Mestre e compartilha com os outros a alegria do discipulado.”

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