INTERNACIONAL

Cracolândia

A experiência de Nova York

Por Daniel Gomes
16 de junho de 2017

Essa questão de ponto de uso e venda de Crack não se restringe a São Paulo, Bucareste e Nova York também enfrentam problemas nessa área

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Locais que concentram usuários e traficantes de drogas são uma realidade em grandes cidades pelo mundo, não apenas em São Paulo. Em Bucareste, capital da Romênia, por exemplo, os becos para consumo de entorpecentes são os antigos túneis do sistema de aquecimento da cidade e as estações de tratamento de esgoto desativadas.

Nos anos 1980, Nova York, nos Estados Unidos, também passou a enfrentar problemas com o tráfico e consumo de crack, que a partir dos bairros periféricos, como o Bronx, se espalhou para os prédios abandona- dos e ruas de Manhattan, o mais antigo distrito daquela cidade.

Inicialmente, houve o reforço do efetivo policial para dispersar os usuários das ruas e prender traficantes. Contudo, tais medidas se mostraram ineficientes diante do surgimento das “crack houses”, prédios onde aconteciam o comércio e consumo de crack. Posteriormente, o foco foi o combate às organizações criminosas nos bairros, com policiais infiltrados entre os usuários para comprar drogas e identificar os traficantes. Houve, também, com o auxílio dos moradores, o monitoramento policial das regiões com maior incidência de usuários. Além disso, adotou-se maior rigor na aplicação de penas para quem fosse flagrado com drogas, como parte de uma política de tolerância zero com qualquer tipo de ilícito, como pichações, por exemplo, medida polêmica, que angariou críticos e adeptos.

O passo seguinte, já na segunda metade dos anos 1990, foi a instituição dos “drugs courts”, tribunais voltados a atender casos envolvendo usuários de drogas, com membros jurídicos, especialistas em serviço social e saúde mental. Às pessoas flagradas com uma pequena quantidade de drogas, era dada a possibilidade de frequentar um programa de internação voluntária para se tratar. Em troca, tinham sua sentença reduzida e, em alguns casos, até a ficha criminal era cancelada, caso não tivessem cometi- do delitos graves.

Hoje, locais como o Bryan Park, antigo reduto do comércio e consumo de drogas a partir dos anos 1970, são total- mente seguros à visitação pública.

 

Leia também as matérias sobre os efeitos do Crack e o histórico da Cracolândia 

(Com informações da Veja, UOL e TV Globo)

Para pesquisar, digite abaixo e tecle enter.