Você Pergunta

Se Judas não tivesse traído Jesus, outro o trairia?

A pergunta é de Eva Rezende, do bairro do Tatuapé. Não é razoável pensar que Deus pudesse criar alguém para ser traidor, para ser infeliz, para ser alguém de coração mau, pois pensar dessa forma é um pecado contra a bondade, a ternura e a misericórdia de Deus.

Judas planejou como quis a traição. Negociou-a. Combinou o preço. Sabia bem o que queria. Jesus chegou mesmo a provocá-lo para ver se mudava de ideia, quando o chamou de amigo e lhe disse: “É para isso que vens aqui?” (Mt 26,50)

Jesus não mexeu com a liberdade de Judas. Na última ceia, Ele também tentou demover Judas do seu intento. Alertou que sabia de sua armação quando molhou o pão no prato e o entregou a Judas. Além disso, no diálogo com o traidor, Jesus disse: “O que queres fazer, faze-o depressa” (Jo 13,27).

Judas caiu no desespero porque percebeu o terrível erro que tinha cometido e, em vez de pedir perdão, cometeu suicídio, que é a consequência máxima de um sentimento de culpa doentio.

Minha irmã, você acha que um pai gera um filho para ele ser infeliz? Você acha que um pai investe tudo num filho para que ele seja um crápula, um ladrão, um criminoso, um homem sem caráter? Se um pai da terra não faz isso, como poderia fazer o Pai dos pais, que é Deus?

Judas mostrou que não entendeu nada do que Jesus tinha ensinado. O exemplo de Pedro, porém, é diferente. Sua traição foi motivo para que ele chorasse amargamente e Jesus não deixou de amá-lo.

É isso aí, minha irmã. Fique com Deus e que Ele abençoe você e sua família.

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