Espiritualidade

Caríssimos dizimistas, não vos canseis de fazer o bem!

São Paulo, homem de fé, solidário e sensível às comunidades mais carentes, escreveu à Comunidade de Tessalônica, que estava dividida, cansada e sem disposição para assumir compromissos a longo prazo. Os cristãos tessalonicenses estavam divididos pela fofoca e por aqueles que viviam se intrometendo na vida dos outros. Grande parte da comunidade se encontrava desanimada devido aos problemas e às notícias ruins. Muitos tinham chegado à conclusão de que era inútil se esforçar para viver na comunidade, inútil trabalhar pela edificação da Igreja e contribuir em favor dos irmãos.  

Para enfrentar o desgaste, o Apóstolo Paulo lembrou-lhes do seu testemunho pessoal de trabalho incansável na evangelização, exortando os tessalonicenses a olhar o futuro com esperança e a não se cansar de trabalhar na vinha do Senhor, mesmo em meio à fadiga, pois perseverar é uma das faces do amor. E Paulo amava muito o seu Senhor e a Igreja! 

O cansaço provocado pelas dificuldades vividas, seja na Igreja como um todo, seja nas comunidades, não ficou no passado, mas está presente no nosso horizonte pastoral. São Paulo VI menciona o grande problema das comunidades em que falta o fervor. Essa falta de fervor manifesta-se no cansaço e na desilusão, no comodismo e no desinteresse e, sobretudo, na falta de alegria e de esperança em numerosos evangelizadores (Exortação Evangelii Nuntiandi, 80). 

No momento atual, em meio a tantas situações difíceis no mundo e na Igreja, vamos andar contra a corrente, porque nós, dizimistas, somos pessoas de fé e não nos deixamos contaminar pelo mundo nem pelas notícias ruins. Nós olhamos para Jesus, com todo o amor e respeito que o Mestre merece. Olhamos para a Igreja de Jesus, nossa Mãe, para a comunidade da qual participamos e na qual nos empenhamos em carregar o peso uns dos outros, em compartilhar e em colaborar, porque todos somos corresponsáveis pelo crescimento orgânico e pela manutenção da vida comunitária. 

Supliquemos a proteção da Virgem Santíssima, Mãe dos dizimistas, aquela que não se cansou de fazer o bem, “mesmo após o suplício da Cruz, ela dedicou-se aos Apóstolos e aos discípulos, às pessoas necessitadas, à Igreja que iniciava sua vida, onde ela ofereceu e oferece continuamente o seu mais poderoso serviço” (São João Paulo II – 08/08/1982).  

Seja assim conosco! Consagremo-nos à Igreja, ao bem, “porque quando o trabalho na vinha do Senhor parece ser vão, não se pode esquecer que Jesus é capaz de inverter tudo num momento” (Bento XVI. Homilia na Visita Pastoral, 21/04/2007).

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