Sínodo Arquidiocesano

Animai-nos com um vivo ardor missionário!

O objetivo geral do sínodo arquidiocesano está expresso em seu tema: “caminho de comunhão, conversão e renovação missionária”.

É a renovação pastoral em chave missionária que deve unir todo empenho da realização das assembleias sinodais nas regiões episcopais, para que, como Igreja arquidiocesana na cidade de São Paulo, assumamos definitivamente as “linhas” da Nova Evangelização.

Nesse caminho de renovação missionária, é pertinente que, inicialmente, façamos três perguntas essenciais:

1) Como atuar pastoralmente na cidade de São Paulo, numa total fidelidade ao Evangelho?

2) Quais são os critérios e linhas de uma verdadeira e autêntica evangelização para a cidade de São Paulo?

3) Quais deverão ser as opções pastorais fundamentais para que o Evangelho seja acontecimento atual e presente, em toda a sua vitalidade e força original no meio de nós?

Mesmo que essas perguntas não estejam formuladas dessa forma no instrumento de trabalho das assembleias sinodais nas regiões episcopais, são elas que devem estar sempre presentes nos trabalhos de cada uma das “quatro sessões” da própria assembleia sinodal de cada região episcopal da Arquidiocese de São Paulo.

Com esse propósito, iluminados pelo Evangelho de Cristo, buscaremos escutar os cenários e desafios que a realidade eclesial da Igreja em São Paulo nos apresenta por meio dos relatórios das assembleias sinodais paroquiais e dos resultados da pesquisa de campo e do levantamento paroquial realizados em 2018.

O objetivo dessa profunda “escuta” sobre a vida e a ação pastoral da Arquidiocese de São Paulo é o de “encontrar caminhos que nos tornem uma Igreja ardorosamente missionária na cidade”.

Nesse empenho, é importante acolher as palavras do Papa Francisco escritas na Evangelii Gaudium nos 50 e 51, das quais, aqui, sublinhamos alguns pontos relevantes que nos orientam a “escutar” e “olhar” a realidade eclesial, religiosa e evangelizadora da nossa Igreja arquidiocesana.

Diante da realidade apresentada: 1) que tenhamos o “olhar do discípulo missionário”, que “se nutre da luz e da força do Espírito Santo” e não de nossos projetos pessoais; 2) que a nossa linha seja a do “discernimento a partir do Evangelho de Cristo”; 3) que tenhamos a humildade e a capacidade sempre vigilante de estudar os sinais dos tempos; 4) que tenhamos consciência da nossa vital responsabilidade, diante da realidade apresentada, pois algumas delas, que são hodiernas, se não encontrarem boas soluções, podem desencadear entraves à evangelização da cidade, situação da qual será difícil depois retroceder; 5) que tenhamos em mente a necessidade de esclarecer o que pode ser um fruto do Reino e também o que atenta ao projeto de Deus; e 6) que tenhamos em mente, também, os aspectos da realidade eclesial e social em geral que podem deter ou enfraquecer os dinamismos da renovação missionária da Igreja, seja porque afetam a vida e a dignidade do povo de Deus, seja porque incidem sobre os sujeitos que mais diretamente participam nas instituições eclesiais e nas tarefas de evangelização.

Este é o caminho que o Espírito Santo espera que sigamos!

Padre José Arnaldo Juliano dos Santos é Teólogo-Perito do sínodo arquidiocesano.
 

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