O Fabrício Augusto, do bairro da Lapa, quer saber a importância e o significado do incenso nas celebrações católicas. Ele pergunta, também, por qual motivo o incenso é usado em algumas missas e em outras, não. 

Fabrício, que bom que você fez essa pergunta. A gente vai poder fazer um passeio pela história do uso do incenso, essa resina perfumada que é queimada nos rituais de muitas religiões. O incenso é queimado em reverência a Deus. Daí você já pode concluir que queimar aquela resina para que uma nuvem perfumada suba para o céu é reconhecer a divindade e o poder de Deus.

No Antigo Testamento, o incenso era queimado pelos sacerdotes no templo. Lembre-se que o sacerdote Zacarias estava oferecendo incenso a Deus quando recebeu do anjo o anúncio de que ele e sua esposa Isabel seriam pais de um menino que se chamaria João e que prepararia os caminhos do Senhor.

Lembre-se, também, dos presentes oferecidos ao Menino Jesus pelos magos dos Oriente. Eles ofereceram incenso, ouro e mirra. Incenso, porque aquele Menino é Deus todo-poderoso que quis ser Deus-conosco. Ouro, porque aquele Menino é o Rei do universo. Mirra, porque aquele Menino dará a sua vida por nós na cruz. A mirra era outra resina utilizada para embalsamar os corpos. 

A fumaça perfumada que sobe aos céus é um símbolo perfeito do poder da oração que sobe até Deus, como diz o Salmo 140: “que minha oração suba até vós como a fumaça do incenso”. 

Na nossa fé católica, queimar incenso expressa não só adoração a Deus, mas também a veneração aos santos. Curiosamente, repare você, que esse gesto mexe com os nossos sentidos: nós vemos a fumaça subir aos céus. Nós aspiramos o perfume suave da resina que se queima. Nós ouvimos o som ritmado do turíbulo sendo agitado. Enquanto isso, nosso coração voa para Deus. Bonito, não é mesmo, Fabrício?

Agora, quando você for participar de uma missa solene, observe e acompanhe em atitude orante o sacerdote ou o bispo incensando a cruz e o altar no início da missa, o diácono incensando o Evangelho antes de proclamá-lo, novamente o sacerdote ou o bispo incensando o altar e as oferendas, os celebrantes e o povo no fim do ofertório, e, na consagração, durante a elevação do Pão consagrado e do Vinho, incensa-se o Cristo consagrado. 

Acho importante que o uso do incenso ocorra apenas nas missas solenes, para que não se banalize um símbolo tão bonito de nossa fé.

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