O Roberto, do bairro de Parelheiros, quer saber a origem do celibato dos padres. Sabe, Roberto, o primeiro fundamento para o celibato é que Jesus não foi casado e o sacerdote é chamado a ser um alter Christus, expressão que significa “um outro Cristo”. O sacerdote vive o celibato para ser todo de Cristo e de seus irmãos.

Jesus também nos fala no Evangelho que há “eunucos”, homens castrados, que foram feitos eunucos pelas mãos dos homens. Outros castraram a si mesmos. Enfim, há os eunucos que se fizeram eunucos por amor ao Reino de Deus.

O celibato, portanto, tem fundamento bíblico, Roberto. Nós sabemos que muitos se assustam ou criticam o celibato dos padres. Mas é preciso entender que nenhum padre desconhece que assumiu um compromisso com a Igreja. E é preciso ter em mente que esse compromisso foi solene. Ninguém obriga o candidato a sacerdote a ser celibatário. O candidato sabe que ser celibatário é uma condição do sacerdote católico.

É preciso que todos entendam, enfim, que o celibato não é uma proibição de amar ou incapacidade de amar. Pelo contrário, é por causa de um amor maior que o sacerdote renuncia a amar uma esposa e os filhos que poderia ter com ela.

Por fim, você pode me perguntar se o celibato será para sempre. E eu digo a você que, sendo uma lei disciplinar, a Igreja pode, sim, rever um dia a obrigatoriedade do celibato. Porém, isso não se discute por ora na Igreja, e a imensa maioria dos padres vive com alegria o seu celibato.

LEIA TAMBÉM: ‘Seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado’ (Dn 7,14)