Espiritualidade

Dia Mundial do Pobre

O Dia Mundial do Pobre, instituído em 2017 pelo Papa Francisco, é celebrado pela segunda vez na Igreja. No ano passado, foram muitas as iniciativas de acolhida, partilha e solidariedade realizadas em favor de muitos daqueles que, no dia a dia, não gozam do aconchego de um teto, de uma refeição salutar ou mesmo de um banho revigorante.

Neste segundo ano do Dia Mundial do Pobre, o Papa Francisco nos faz um apelo: “Convido os irmãos bispos, os sacerdotes e, de modo particular, os diáconos, a quem foram impostas as mãos para o serviço dos pobres (cf. At 6,1-7), juntamente com as pessoas consagradas e tantos leigos e leigas que, nas paróquias, associações e movimentos, tornam palpável a resposta da Igreja ao clamor dos pobres, a viver este Dia Mundial como um momento privilegiado de nova evangelização. Os pobres evangelizam-nos, ajudam-nos a descobrir cada dia a beleza do Evangelho. Não deixemos cair em saco roto essa oportunidade de graça. Neste dia, sintamo-nos todos devedores para com eles, a fim de que, estendendo reciprocamente as mãos uns para os outros, realize-se o encontro salvífico que sustenta a fé, torna concreta a caridade e habilita a esperança a prosseguir segura no caminho rumo ao Senhor que vem” (Papa Francisco, Mensagem para o Dia Mundial do Pobre de 2018). 

Em caminho sinodal que nós, bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, membros de novas comunidades, leigos e leigas da Arquidiocese de São Paulo, apropriemo-nos dessa exortação do Papa Francisco neste Dia Mundial do Pobre, certos de que, “para superar a opressiva condição de pobreza, é necessário aperceber-se da presença de irmãos e irmãs que se ocupem deles e que, abrindo a porta do coração e da vida, lhes façam sentir bem-vindos como amigos e familiares. Somente desse modo, podemos descobrir ‘a força salvífica das suas vidas’ e “colocá-los no centro do caminho da Igreja’” (Papa Francisco, Mensagem para o Dia Mundial do Pobre de 2018). 

A Arquidiocese de São Paulo realiza neste momento, em três sessões propostas, as assembleias paroquias do sínodo. É a etapa final da fase paroquial do sínodo, em que os resultados dos grandes levantamentos, paroquial e interno, realizados pelos entrevistadores e pelo pároco, respectivamente, assim como umasíntese das sessões da assembleia, serão entregues às regiões episcopais para que as Comissões Regionais do sínodo possam estudar todo esse material e preparar as suas assembleias, propostas em quatro sessões. 

Terão lugar nesse árduo trabalho as inúmeras realidades e desafios pastorais de nossa Arquidiocese. Digo isso para que, como nos pede o Papa Francisco, a realidade na qual vivem os pobres de nossa cidade não seja apenas um destaque pastoral entre tantos outros, mas seja o ponto de partida de toda ação pastoral. Um caminho de verdadeira comunhão, conversão e renovação missionária, em direção a uma nova evangelização e ao reino definitivo, deve levar em conta o sofrimento e a situação de miséria na qual vivem milhares e milhares de irmãos e irmãs, os pobres, que clamam diariamente por saúde, moradia, trabalho, pão e dignidade.

 

LEIA TAMBÉM: Como a Igreja avalia e explica os estigmas?

Para pesquisar, digite abaixo e tecle enter.