Cultura

O sacerdote não se pertence

Dica de Leitura

Divulgação

“Nós, que recebemos o sacramento da Ordem, nos chamamos ‘sacerdotes’. O autor não se lembra de nenhum sacerdote dizer ‘eu fui ordenado vítima’, ou ‘estou estudando para ser uma vítima’. Isso parece quase alheio ao fato de ser sacerdote. O seminário sempre nos disse para sermos ‘bons’ sacerdotes; nunca nos disseram para sermos vítimas voluntárias.

No entanto, Cristo, o Sacerdote, não foi também a Vítima? Ele não veio para morrer? Ele não ofereceu um cordeiro, um boi, ou pombos; Ele nunca ofereceu nada além de si mesmo: ‘por nós, Ele se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor’

Sacerdotes pagãos, sacerdotes do Antigo Testamento, curandeiros, todos ofereciam um sacrifício diferente deles mesmos. Mas não nosso Senhor. Ele foi Sacerdos-Victima.

Assim, da mesma forma que perdemos de vista muito da vida de Cristo se não mostrarmos que a sombra da Cruz se projeta até mesmo sobre o presépio e a oficina de carpinteiro – tanto quanto sobre a vida pública – também teremos um conceito mutilado de nosso sacerdócio se nós o considerarmos separado do fato de nos tornarmos nós mesmos vítimas, no prosseguimento de Sua Encarnação.

“O cânon da missa enumera três tipos de vítimas que, prefigurando o sacrifício de Cristo, tornaram-se modelos para todos os sacerdotes. Eles são, na ordem, a oferenda de Abel, o filho justo; o sacrifício de nosso patriarca Abraão; e o que foi oferecido pelo sacerdote Melquisedeque. Abel ofereceu um sacrifício de sangue, Abraão faz um sacrifício voluntário e Melquisedeque, um sacrifício sacramental. Um sacerdote pode ser vítima por meio de cada uma dessas três formas.”

FICHA TÉCNICA:

Autor: Fulton Sheen

Páginas: 292

Editora: Molokai

 

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