Sínodo Arquidiocesano

Paróquia, comunidade Eucarística! (1)

No caminho sinodal da Arquidiocese de São Paulo, em seu momento paroquial – caminho de Comunhão, Conversão e Renovação pastoral missionária –, é oportuno que pautemos nossa reflexão sobre a realidade mais profunda da paróquia, que é “ser comunidade eucarística”. 

Queremos, sim, ser uma “Igreja em saída”, vigorosa na missão de evangelizar e ser presença atuante na Cidade e suas periferias existenciais; uma “Igreja encarnada”, que testemunha a “alegria do Evangelho” na prática concreta da Caridade e que seja “semente transformadora” da sociedade. Mas tudo se realizará se, realmente,  crescermos em compreensão e prática da Eucaristia, núcleo vital da Igreja, pois é em torno dela que se constitui a comunidade cristã e é por ela que a comunidade realiza sua missão evangelizadora sempre renovada. 

A reflexão é necessária e longa, por isso a faremos em partes. 

Na Exortação Apostólica Christifideles Laici (n. 26), São João Paulo II convida-nos a descobrir “o verdadeiro rosto da paróquia”, que pode ser descrito em dois aspectos fundamentais:

1) “A Paróquia é a concreta comunidade de fiéis batizados que forma a família de Deus”.   

Ela não é apenas uma estrutura, um território ou um edifício, mas sim a comunidade cristã na qual e pela qual faz presente e operante a Igreja de Cristo na vida concreta e imediata das pessoas. Representa a Igreja visível estabelecida por todo o mundo (cf. Sacrosanctum Concilium , 42). A paróquia é a expressão mais visível da comunhão eclesial e é “o núcleo fundamental na vida cotidiana da Diocese” ( Pastores Gregis , 45). 

2) “A paróquia está fundada sobre uma realidade teológica: a Eucaristia”. 

A paróquia é uma comunidade idônea para celebrar e viver a Eucaristia. É na Eucaristia que ela encontra a raiz viva da sua edificação, da sua missão, e o vínculo sacramental de seu existir em plena comunhão com toda a Igreja (cf. Christifideles Laici , 26). A paróquia não é, portanto, primariamente, uma realidade sociológica ou canônica, mas, sim, sacramental: edifica-se sobre a Eucaristia. Daí a necessidade de ser considerada, sobretudo, na sua dimensão teológica. Um dos primeiros teólogos a sublinhar o “caráter eucarístico da paróquia” foi Karl Rahner em sua “Teologia da Paróquia”. 

A Eucaristia, Mesa da fraternidade, realiza a comunidade paroquial, coloca- -a em comunhão com a Igreja e abre a própria comunidade à missão. 

Para o nosso proveito, perguntemos: “Como fazer que a Eucaristia seja verdadeiro coração da vida de nossa paróquia”? 

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