Liturgia e Vida

A Divina Misericórdia

2º DOMINGO DA PÁSCOA 8 DE ABRIL DE 2018

Por que este domingo é chamado de Domingo da Divina Misericórdia? Porque Jesus se mostrou muito bondoso e cheio de misericórdia ao apóstolo São Tomé, aos outros discípulos e a todos nós que nele cremos. Participando da liturgia de hoje, vemos como às vezes somos parecidos com Jesus e muitas vezes somos diferentes dele. O Coração de Jesus é sempre misericordioso. O nosso é muitas vezes duro e pedregoso. Por isso, não adianta ficar com raiva de quem demonstra pouca bondade e muita dureza. É melhor ter pena de quem é assim, isto é, sentir misericórdia e fazer como Jesus: humanizar quem não é humano. Essa é, sem dúvida, a nossa melhor ação pastoral.

Diz o Evangelho que no primeiro dia da semana, Jesus entrou no lugar onde os discípulos estavam reunidos e pôs-se no meio deles. Jesus começa bem. Ele coloca-se no meio. Nem na ponta, nem no lado, nem perto deste, nem longe daquele. Ele põe-se no meio para estar igualmente perto de todos, assim todos se sentem benquistos e próximos de Jesus. Nós colocar-nos-íamos distantes e acima para mostrar que somos superiores, e diferentes de Jesus.

Em seguida, Jesus deseja a paz para todos. Que todos estejam em paz, tranquilos e felizes interiormente. Como Jesus é atencioso! Sua atenção é ainda maior quando Ele mostra as chagas das mãos e o lado que foi aberto pela lança do soldado romano. Era Ele mesmo! Resultado: uma grande alegria. Aqui também, às vezes, somos diferentes de Jesus. Nossa presença não traz alegria. Ao contrário, traz medo e mal-estar.

Jesus, então, sopra sobre eles e lhes dá o Espírito Santo. Como a Palavra de Deus saiu da boca do Pai, o Amor misericordioso sai da boca do Filho. O sopro de Jesus chega a todos para que tenham a capacidade de perdoar. O que é o perdão senão a mais fina expressão da Divina Misericórdia! 

Tomé não estava lá. “Eu não acredito”, diz ele. “Só acreditarei se puder tocar nas suas chagas”. De novo, Jesus põe-se no meio deles, deseja-lhes a paz e chama Tomé para que toque em suas chagas. Ó Jesus diferente de nós! Ele ouve, presta atenção ao que é dito e atende, responde, não com palavras de recriminação, mas de alento. “Seja fiel, Tomé”. E o sopro da misericórdia que perdoa se expande sobre toda a terra e chega ao nosso tempo: “Felizes os que creram sem ter visto”. Para eles ficam os Escritos Sagrados, para que saibam que Jesus é o Filho de Deus e tenham vida em seu nome. “Meu Senhor e meu Deus” é a nossa jaculatória de hoje. Repita-a muitas vezes e sinta em você a misericórdia do Coração de Cristo.
 

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