Convite à Comunidade Puquiana
Uma Universidade de excelência acadêmica como a PUC-SP deve se comprometer com a equidade e justiça social e ser marcada pela prática democrática e responsável. Nesse ambiente democrático deve haver espaço para que opiniões discordantes sejam respeitadas, buscando-se alternativas ao acordo fácil e rápido, sem receio de qualquer retaliação. Embora a discordância seja fruto do exercício democrático, a caminhada em prol do bem comum deve ser tutelada por valores universais, sendo inadmissível o discurso de ódio ou quaisquer outros que desrespeitem pessoas, crenças ou valores.
A Comunidade Universitária está sendo chamada a participar do processo eleitoral de escolha e nomeação dos cargos acadêmicos e representação. Se há um valor intrínseco a esse momento, é o de liberdade de manifestação por todos, sem qualquer tipo de restrição ou limitação ao seu direito de voto e, tampouco, ao de ser votado dentro de regras estatutárias. Vale a pena, neste momento, recordar as raízes históricas do espírito democrático puquiano.
Pois bem, o primeiro passo na democratização da PUC-SP através de eleições diretas remete ao dia 1° de agosto de 1980, em plena ditadura militar, quando foi enviada carta de Dom Paulo Evaristo Arns à Comunidade Universitária, na qual o Grão Chanceler da PUC julgou “imprescindível ouvir, de maneira objetiva e ampla, a opinião da comunidade universitária e dos órgãos que a compõem a respeito dos nomes mais aptos ao exercício do cargo de Reitor”. Quando indagado pelo jornal universitário da época se se confirmaria o resultado da eleição independente do nome escolhido, D. Paulo disse que “uma vez que abrimos o jogo, foi para valer. Aliás, nunca me arrependi de abrir o jogo a uma participação popular.”.
No dia 14 de agosto foi deliberado pela Comissão Comunitária do Campus Monte Alegre que haveria votação geral da comunidade para a escolha do Reitor da PUC-SP com igual participação de cada setor universitário na escolha (professores, funcionários, estudantes).
A primeira eleição direta para Reitoria ocorreu entre os dias 25 e 26 de agosto de 1980 e o DCE considerou as eleições uma vitória na redemocratização geral das Universidades do Brasil.
A democracia interna da PUC-SP amadureceu e já em março de 1981 a Comissão Comunitária sugeriu o aprofundamento das eleições diretas, desta vez para Diretores de Faculdade, Chefes de Departamento e representantes dos órgãos colegiados. Desde então, a democracia se consolidou como pilar das escolhas da nossa Universidade.
Nesse contexto, conclamamos a comunidade puquiana a participar desse significativo processo democrático de escolha de nossos representantes para os próximos anos.
Profa. Dra. Maria Amalia Pie Abib Andery Reitora da PUC-SP
Prof. Antonio Carlos Malheiros Pró-Reitor de Cultura e Relações Comunitárias
Profa. Dra. Maria Helena Marques Braceiro Daneluzzi Presidente da Comissão Central Eleitoral |