Saúde

Pesquisa de sangue oculto nas fezes: exame barato e importante para rastreio de câncer de intestino

A pesquisa de sangue oculto é um exame laboratorial que tem como objetivo identificar a presença de sangue nas fezes. O procedimento é importante porque pode detectar frações tão pequenas de sangue, difíceis de visualizar, ajudando no diagnóstico precoce de pequenos pólipos – fase em que o paciente não apresenta sintomas. 

O teste é indicado para encontrar sangue, entretanto não determina nem a causa do problema nem o local do sangramento. Mesmo assim, é considerado um dos exames mais inócuos e úteis na detecção precoce de pólipos intestinais. Um resultado positivo não significa que o paciente está com câncer, mas que poderá ter que realizar outros exames, como a colonoscopia, para visualizar o interior do intestino e verificar a possível presença de pólipos ou tumores. Existem dois tipos de exame, um com dieta e outro sem dieta, quando é feito pelo método imunológico (imunocromatográfico). 

Os principais fatores que interferem são: ingestão de alguns tipos de carne (principalmente a vermelha), nabos, rabanetes, vitaminas (particularmente a vitamina C), ferro, aspirina e outros anti-inflamatórios não esteroidais, como o ibuprofeno e diclofenaco. Cremes dentais clorofilados podem alterar também o resultado. 

Os alimentos que prejudicam o exame devem ser evitados de três a cinco dias antes da coleta das amostras. Podem ser consumidos em pequena quantidade: carne branca (peixe e frango), enlatados, pipoca, amendoim e farelos de cereais (trigo e aveia). Podem ser consumidos livremente: vegetais (crus ou cozidos) como alface, espinafre, milho, e frutas como uvas, ameixas e maçãs. Caso o procedimento seja realizado pelo método imunológico (imunocromatográfico), não há necessidade da realização de dietas nem de restrição ao consumo de medicamentos e outros interferentes. Esse exame deve ser realizado a partir dos 50 anos de idade, em ambos os sexos, anualmente. Converse com seu médico e saiba mais sobre o rastreio de câncer de intestino.

(Fonte: Sociedade Brasileira de Coloproctologia)

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