Comportamento

Como estaremos em 2019?

Não, não foi um erro de digitação ou falta de atenção. A pergunta é esta: “Como estaremos em 2019?” Sim, porque para a sua resposta, cada um de nós precisa pensar no que está disposto a fazer em 2018. Estamos fechando o balanço de 2017, averiguando o que aconteceu, o que realizamos do planejado, o que nem sequer iniciamos (e julgávamos importantíssimo no fim de 2016!), e outros fatos, alguns inesperados, que acabaram se tornando fundamentais para determinadas mudanças. De todo ocorrido, chegamos a 2018 com novas metas em horizontes que não se apresentavam, ou perseverando por caminhos que se mostraram seguros e oportunos para que continuemos firmes neles. 

A palavra-chave desta época – “recomeçar” – não significa que tenhamos que fazer alguma coisa sempre diferente. Afinal, a vida segue por conquistas que, muitas vezes, vão se firmando como base para uma construção que se eleva nos valores que acreditamos, no amor com que nos dedicamos e na esperança em que depositamos nossos ideais. Quando este edifício cresce a partir de uma convicção alicerçada em princípios que se tornam a cada dia mais firmes e indispensáveis para nós, estaremos prontos para superar quaisquer dificuldades que venham pela frente. 

Revendo o que havia escrito nesta coluna ao término de 2016 e suas ocorrências marcantes, principalmente no Brasil, percebo que o ano de 2017 fechou para muitos com consequências procedentes daquele ano – 2016 –, que está ainda vivo, com suas exigências e desafios pelos quais famílias passaram e passam para superar e sobreviver. Para outros, esses fatos já fazem parte de recordações que desejariam deletar. A vida não se torna mais feliz porque deletamos os períodos tristes, mas ela cresce quando “fazemos do limão uma limonada”, como diz o ditado popular. Esquecer o que se passou não é a melhor maneira de aprender, e avaliar consequências como sendo causas é um erro de raciocínio lógico dos que abusam da falta de memória, pois “o homem, diziam os antigos, é fundamentalmente um ser que esquece.” (São Tomás de Aquino).

O exercício continuado em avaliar e reavaliar nossas atitudes e comportamentos diante dos fatos cotidianos, principalmente diante daqueles que surgem de modo inesperado e acompanhados de dificuldades, ou trazendo novidades de toda sorte como “novos caminhos”, é a maneira pela qual se fortalece o amadurecimento pessoal. No ambiente familiar, o bom exemplo, com serenidade, dos pais é um norte para os filhos, enquanto que o desespero ou o desânimo favorece para a insegurança dos pequenos. O amadurecimento nunca estará livre dos infortúnios que possam surgir, mas faz com que a experiência favoreça o crescimento da conscientização para uma formação que permita o melhor discernimento para suas decisões. Esse é o grande desafio que os pais devem viver e passar a seus filhos. Não se poderá educar a liberdade para escolhas, sem critérios firmes dos valores virtuosos na orientação para o discernimento, recorrendo ao aprendizado que a história nos oferece em diversos campos do universo humano que convivem na vida familiar.

Dessa forma, poderemos constituir famílias com o espírito de melhor cidadania e senso de responsabilidade em comunidade, em que o maior crescimento se faz no interior da intimidade de cada um. Somente com medidas que favoreçam o fortalecimento da família e a educação responsável do ensino fundamental pleno é que se poderá almejar uma sociedade livre e esclarecida para uma escolha consciente de seu destino. A sabedoria requer aprender a lição dos erros do passado e, assim, permite avançar com esperança para 2019. Enxergar 2018 com o compromisso de cumprir sua participação pessoal nesta cidadania, em cada atitude como uma luz que se acende para todos, é o desafio que se apresenta àqueles que desejam um mundo melhor.  Feliz Ano Novo!
 

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