Liturgia e Vida

Muito bem, servo bom e fiel

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM 19 DE NOVEMBRO DE 2017 

Fim do ano litúrgico, fim do ano civil, tempo de exames e de prestação de contas. O que fiz com os talentos que Deus me deu? Vejo que há pessoas produtivas, que não enterram suas qualidades, mas as põem ao serviço da comunidade e da sociedade. Vejo que há mulheres fortes, nas quais a família confia plenamente. Tudo o que suas mãos fazem é fruto do amor. Sua beleza resplandece no amor a Deus e ao próximo. O perfume de suas virtudes é mais agradável do que um produto de mãos humanas. A mulher de talentos vale mais do que qualquer joia. É o que nos diz o Livro dos Provérbios.

O salmista, por sua vez, completa o elogio às mulheres com a consideração do homem que respeita o Senhor e procura andar em seus caminhos, que ganha a vida com o trabalho de suas mãos para que não falte nada em casa. Empenha-se em favor da justiça para que não falte trabalho a ninguém. Respeita a sua mulher como esposa e mãe. Alegra-se com os filhos e lhes demonstra carinho.

São Mateus nos conta a parábola dos talentos. Um patrão, antes de viajar, entregou a três de seus empregados uma quantia de dinheiro que deviam multiplicar enquanto ele estivesse fora. Dois produziram o dobro e um não produziu nada, mas devolveu o que tinha recebido. O patrão chamou de servo bom e fiel o primeiro e o segundo. O terceiro foi chamado de servo mau e preguiçoso. Portanto, é preciso produzir com os talentos que Deus nos deu. Quando formos interrogados no dia do juízo, nossas mãos devem estar cheias de boas obras, sobretudo obras de caridade. 

A parábola deixa uma pergunta sobre aquele que não produziu nada. O empregado ficou com medo do patrão que não era um homem honesto em seus negócios. O medo o impediu de produzir. Podia ter sido impedido por uma boa consciência ética e moral. Por que aumentar a riqueza desse homem desonesto? Outros questionamentos: Quem produz mais tem mais valor do que alguém que produz menos? Um trabalho humilde tem menos valor do que um trabalho socialmente mais considerado? Quem não produz é porque não quer ou porque lhe faltam meios e oportunidade?

O Dia do Senhor virá como um ladrão, escreve Paulo aos tessalonicenses. Virá a qualquer momento. Podemos morrer a qualquer hora. O desejo de Paulo é que os cristãos de Tessalônica estejam vigilantes e sejam sóbrios. Não nos deixemos surpreender fazendo o mal a alguém. Talvez nos impeçam de fazer o bem que queremos. Façamos, porém, o que estiver ao nosso alcance. Não vamos enterrar os talentos e não vamos colaborar com o pecado do mundo. 

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