“Síndrome da creche” é o termo utilizado para as crianças de até 3 anos de idade que são acometidas por infecções de repetição das vias aéreas ou em menor frequência do trato gastrointestinal. As crianças que frequentam creches têm de seis a oito episódios de infecções por ano. É quase um episódio por mês. Mas, isso não significa que a criança esteja com a imunidade baixa. Durante os primeiros anos de vida, o sistema imunológico está em fase de amadurecimento, o que torna a criança mais vulnerável a infecções. O contágio da maior parte dos vírus acontece pelo contato e, nessas idades, as crianças estão muito próximas, trocam brinquedos que geralmente levam à boca todo o tempo, por mais que as creches tentem individualizá-los.

O aleitamento materno é fundamental para fortalecer a defesa do organismo, principalmente no primeiro ano de vida.

Conforme a criança vai crescendo, uma alimentação saudável ajuda a manter as defesas ativas. E não adianta substituir por vitaminas industrializadas.

O corpo não absorve da mesma forma. O que se pode fazer para minimizar essas infecções?

Não levar a criança à creche caso apresente sintomas, ainda que sejam leves, para assim evitaremos a propagação; lavar bem as mãos; não compartilhar os utensílios do bebê; não beijar a boca do bebê; diminuir o consumo de farináceos e aumentar frutas e legumes; manter o calendário vacinal atualizado; banho de sol diário e curar o resfriado antes que a criança retorne à creche. Um resfriado mal curado pode derivar numa infecção mais grave, como conjuntivite, otite ou bronquite. É fundamental ter uma boa higiene para romper o ciclo, pois quando a criança está se recuperando pode ser reinfectada por outra criança ou por um membro da família que esteja gripado também. Caso as infecções se compliquem sendo necessário o uso frequente de antibióticos, será preciso investigar a real causa dessas infecções.

Mas, não se desespere: com o passar do tempo, a criança fica cada vez mais imune e, assim, adoece cada vez menos.