Liturgia e Vida

Sabedoria para praticar a justiça

Que Deus nos dê a todos o dom da Sabedoria para podermos discernir entre o bem e o mal, entre o que convém e o que não convém, entre o que tem real valor e o que é pura ilusão. Que Deus nos dê a graça de descobrir o tesouro e a pedra preciosa que valem mais do que tudo o que já temos ou poderemos ter nesta vida.

No início do seu governo, o rei Salomão pediu a Deus sabedoria para governar bem o seu povo. Reconhecendo suas limitações e sabendo estar diante de um povo numeroso, ele pediu a Deus um coração compreensivo, capaz de distinguir entre o bem e o mal. E Deus lhe concedeu um coração sábio e inteligente para praticar a justiça.

Salomão estava dormindo quando Deus lhe apareceu e lhe perguntou o que ele gostaria de ter. Se Deus nos dissesse: “Peça o que você quiser e eu lhe darei”, o que teríamos pedido? Se Deus aparecesse a um governante deste mundo, a um político de qualquer país, ou do nosso, com a mesma disposição de lhe dar o que ele desejasse, talvez a resposta fosse: “Quero um longo governo, que morram os meus delatores e que eu tenha muito dinheiro”. Nessa resposta não há nenhuma preocupação com a vida do povo. Deus, porém, gostou da resposta de Salomão e lhe deu um coração sábio e inteligente como ninguém, até então, tinha tido.

As parábolas do tesouro encontrado num campo e da pérola preciosa que ouvimos no evangelho nos dizem que é sábio e inteligente quem percebeu o valor do Reino dos Céus ou Reino de Deus. Vale a pena deixar tudo para dedicar-se à construção do Reino neste mundo e para fazer parte dele aqui e na eternidade. O Reino é o mundo governado por Deus ou governado do modo como Deus quer. Por isso, canta o Salmista que o que Deus quer é sempre maravilhoso e o nosso coração observa os seus mandamentos. A Palavra de Deus, quando se revela, ilumina a nossa vida e dá sabedoria aos pequeninos.

“Tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados para a alvação, de acordo com o projeto de Deus”, escreve Paulo aos romanos. Deus tem um projeto e seu projeto é o seu Reino, Reino eterno e universal, da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz, que Jesus, o Filho, lhe entregará no fim dos tempos.

Tudo contribuirá para o bem dos que exercem funções públicas e se dedicam para que o Reino de Deus seja uma realidade na vida do povo que governam. Quanto ao cidadão, se for bom, será sábio, e se prepara para o dia em que os maus serão definitivamente separados dos justos, como os peixes da terceira parábola.

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