Sínodo Arquidiocesano

Rumo às assembleias paroquiais do sínodo arquidiocesano

As comunidades paroquiais da Arquidiocese de São Paulo, em meados de outubro e no mês de novembro deste ano, realizarão suas assembleias paroquiais do sínodo arquidiocesano. Faltam dois meses para este evento eclesial, e até podemos pensar que ainda há um bom tempo. No entanto, tudo acontece rapidamente e, portanto, cada paróquia é já convidada a colocar-se em preparação para a realização de suas assembleias. 

Para tal preparação, as comissões paroquiais do sínodo, juntamente com seu pároco/administrador paroquial, podem começar a elaborar uma síntese das respostas vindas dos “encontros paroquiais” do sínodo e, instruídos pelo Regulamento das Assembleias Paroquiais do sínodo e pelo Instrumento de Trabalho que  o acompanha,  já iniciar os trabalhos de organização das assembleias. Logo virão, também, os resultados das pesquisas de campo e do relatório dos serviços e pastorais da paróquia. Tudo isso será matéria substancial para a realização eficaz das assembleias paroquiais. 

Por outro lado, não tomemos este trabalho somente na “dimensão funcional”, mas, sobretudo, na “dimensão eclesial” proposta pelo sínodo arquidiocesano, que é o de realizar conscientemente um “caminho de comunhão, conversão e renovação pastoral e missionária”. Daí a necessidade de uma reflexão mais acentuada sobre o cristão que devemos ser no tempo atual, sobre a Igreja que devemos ser para que possamos, em corresponsabilidade batismal, responder àquilo que é de essencial na missão da Igreja: evangelizar. 

Essa reflexão, devemos fazê-la sob a luz da Palavra de Deus e do Magistério da Igreja – tendo como base fundamental o Concílio do Vaticano II com suas constituições Lumen Gentium e Gaudium et Spes ; a Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, de Paulo VI; O Documento de Aparecida; a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, do Papa Francisco. 

Assim, este é o momento de “tomada de consciência” sobre a realidade religiosa, pastoral, missionária e evangelizadora da paróquia e de “assumir com convicção” o propósito da comunidade paroquial em ser “toda ela ministerial (a serviço) e missionária (evangelizadora)”.

Tomemos a sério as palavras do Papa Francisco em seu “Discurso aos Bispos responsáveis do Celam”, em 28 de julho de 2013: “O discipulado-missionário, proposto por Aparecida, é o caminho que Deus quer para hoje. O discípulo-missionário é o sujeito que tudo transcende, pois sua referência é Jesus e as pessoas a quem deve levar o anúncio Dele. O discípulo-missionário é o sujeito projetado para o encontro: com o Mestre (que nos unge como discípulos) e com todos que esperam o anúncio do Evangelho. Ele é enviado para as periferias existenciais e, ali, deve ser testemunha e comunicador da Boa-Notícia de Jesus. Assim, Aparecida quer uma Igreja Esposa, Mãe, servidora, mais facilitadora que controladora da fé.” 

Comecemos, assim, a preparar nossas assembleias paroquiais do sínodo arquidiocesano e que o Espírito Santo as conduza e as encha de graças!

 
Padre José Arnaldo Juliano dos Santos é Teólogo-Perito do sínodo arquidiocesano 
 
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