Cultura

As raízes do método histórico-crítico

“É comum ver o método histórico- -crítico descrito como um método objetivo ou neutro. (...) Já é alguma coisa consentir que esse ideal nunca pode ser completamente obtido. Mas é importante dar o passo seguinte e notar que muitos especialistas afirmam que essa objetividade raramente foi o objetivo declarado dos críticos históricos reais. (...). 

Nós esperamos que nosso relato da história das raízes do criticismo histórico clarifique os compromissos filosóficos e (ainda mais importante) políticos inerentes aos fundamentos essenciais do próprio método. 

Essa é a tarefa deste volume. (...) Nós acreditamos que é necessária uma reflexão mais aprofundada sobre os pressupostos intelectuais e premissas filosóficas do criticismo histórico. 

O objetivo de Scott Hahn e Benjamin Wiker nesse estudo é demonstrar que os problemas da crítica histórica não são primordialmente exegéticos, mas filosóficos, e suas raízes intelectuais remontam ao nominalismo do final da Idade Média, quando surgiram maneiras alternativas de ler as Escrituras, estranhas não apenas à Igreja e sua tradição, mas às formas clássicas de interpretar textos.

A crítica histórica tem, portanto, a sua própria história, e a consequente subordinação das Escrituras ao secularismo foi a primeira fase de sua politização. Prenúncios dessa abordagem surgiram como parte do processo de subordinação, como, por exemplo, no hábito exegético de Maquiavel de corrigir a história sagrada a partir da história secular ou pagã.”

 

SOBRE OS AUTORES

Scott Hahn é Ph.D. em Teologia Sistemática pela Marquette University. É autor de vários livros, e, atualmente, é professor de Teologia e de Sagrada Escritura na Universidade Franciscana em Steubenville, em Ohio, Estados Unidos.

Benjamin Wilker é Ph.D. em Ética Teológica pela Universidade de Vanderbilt, no Tennessee, Estados Unidos, e foi professor de diversas universidades americanas. É escritor e palestrante; vive em Ohio com a mulher e sete filhos.
 

FICHA TÉCNICA:

Autores:  Scott Hahn e  Benjamin Wilker

Páginas: 784

Editora: Ecclesiae

 

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