Encontro com o Pastor

Por que fazemos festa no Natal?

O anjo anunciou aos pastores dos campos de Belém que o nascimento de Jesus seria motivo de alegria para todo o povo (cf. Lc 2,10). Esse anúncio continua a se cumprir, pois também hoje a celebração do Natal é motivo de alegria, mesmo para aqueles que não têm a nossa fé. 

Para nós, que cremos em Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador, há motivos profundos para irradiarmos alegria ao nosso redor. Nós reconhecemos que o filho de Maria é, ao mesmo tempo, o Filho do eterno Deus, que se fez humano como nós. Na pessoa do Filho, Deus veio a nós, tirou-nos de nossa solidão e de nossa pobre condição mortal, unindo-nos a si, elevando-nos a uma dignidade que nunca poderíamos alcançar por nós mesmos!

Seria ousado demais, afirmar isso? Claramente, é bem isso que a fé cristã proclama, e nós cremos, desde os Apóstolos! Tornando-se “Emanuel, Deus-conosco”, o Filho de Deus se fez irmão de cada ser humano, abrindo um horizonte novo para sua existência mortal, chamando-o a tomar parte da “família de Deus”! Pelo imenso amor de Deus, revelado no Natal de seu Filho Jesus, somos acolhidos como “filhos no Filho”. 

Isso significa, ao mesmo tempo, que somos irmãos uns dos outros, não apenas pelos laços da natureza humana, que nos unem na mesma humanidade: pela sua benignidade e graça sobrenatural, acolhendo-nos como membros da sua família, Deus nos faz verdadeiramente irmãos por um motivo ainda mais profundo. O Natal é, portanto, a “festa da fraternidade universal”. É tempo de “paz na terra aos homens de boa vontade!”

Por isso é que nos alegramos e compartilhamos nossa alegria com os outros, principalmente com os familiares e parentes e com as pessoas mais próximas a nós. Os pequenos gestos de bondade e de recíproco apreço, como os votos de Natal e os presentes, podem ser expressões dessa alegria mais profunda. Presentes não deveriam ser distribuídos por mera conveniência ou pressão social, mas como expressão da alegria incontida, que queremos partilhar com os outros. Essa alegria também deve ser partilhada com os pobres, as pessoas que sofrem, os doentes e as pessoas que têm fé diferente da nossa ou que não creem.

Neste Natal, desejo compartilhar minha alegria com todo o povo de São Paulo e proclamar com renovada fé: “Deus habita esta Cidade!” Que todos possam sentir, de alguma forma, que Ele ama cada pessoa e, em Jesus, nascido pequenino, pobre e frágil, Deus se aproxima de cada um de nós com imensa ternura. Que a bênção do Natal desça sobre todas as pessoas, os lares e todos os lugares onde as pessoas vivem. Feliz e abençoado Natal de Jesus!
 

 

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