Encontro com o Pastor

Pelo ano de 2017, demos graças a Deus!

Olhando para o ano que está para findar, temos muito a agradecer a Deus na Arquidiocese de São Paulo. Foi um ano de muito trabalho para todos, marcado pelo 3º centenário de Nossa Senhora Aparecida e pelo Ano Mariano em todo o Brasil. Muitas foram as iniciativas de renovação da piedade popular mariana nas paróquias, comunidades e organizações eclesiais. 

O povo mostrou seu amor à Virgem Mãe Aparecida, e as novas gerações participaram com intensidade e alegria. A peregrinação arquidiocesana anual ao Santuário Nacional de Aparecida, em maio, teve um sabor especial e nos ajudou a recordar e a aprofundar os laços que nossa Arquidiocese possui com a devoção a Nossa Senhora Aparecida e com o Santuário Nacional. De fato, por mais de 200 anos, Aparecida esteve na responsabilidade da Arquidiocese de São Paulo, antes que, em 1958, fosse passada à própria Arquidiocese de Aparecida. 

A Carta Pastoral – “Viva a Mãe de Deus e nossa!”, para o Ano Mariano - teve mais de 350 mil cópias impressas distribuídas, sem contar as visualizações ou cópias por internet. Na conclusão do Ano Mariano, no dia 12 de outubro, a igreja paroquial de Nossa Senhora Aparecida, da rua Labatut, no Ipiranga, foi elevada a Santuário Mariano. O novo Santuário arquidiocesano tem belas relações históricas com a vida da Arquidiocese de São Paulo. 

Na solenidade de Corpus Christi , em 15 de junho, foi anunciado e convocado o 1º sínodo arquidiocesano de São Paulo, proposto para ser um “caminho de comunhão, conversão e renovação missionária” para nossa Igreja em São Paulo. Faz mais de um século que não é feito um sínodo diocesano em São Paulo. Precisamos renovar a consciência de que “Deus habita esta Cidade e que somos Suas testemunhas”. Isso requer “ouvir o que o Espírito diz à Igreja” de São Paulo, de muitas maneiras... Logo em seguida, começaram os preparativos, mediante a formação e nomeação da Comissão Arquidiocesana do sínodo e a Secretaria Geral. Já foi elaborado e aprovado o Regulamento Geral do sínodo, que orienta os diversos passos do caminho sinodal. 

O ano de 2017 inteiro foi reservado para ser um tempo de divulgação do sínodo, de tomada de consciência, motivação, oração e organização dos trabalhos sinodais, que iniciarão em 2018. A primeira etapa será paroquial, dedicada a uma ampla tomada de consciência sobre a realidade eclesial da Arquidiocese a partir das comunidades locais e organizações eclesiais de base, como as pastorais, os diversos grupos organizados, que dão expressão concreta à vida e ação eclesial. Essa tomada de consciência passa também pela vida cristã nas famílias católicas e pela participação efetiva das pessoas nas comunidades paroquiais. 

O sínodo, em 2018, deverá propiciar um grande “ver” sobre a situação evangelizadora, pastoral e religiosa de nossa Arquidiocese. Será importante “olhar-nos no espelho”, para ver: como estamos quanto à vida cristã e eclesial? Como anda a dimensão do anúncio da Palavra de Deus, em vista do despertar e crescer da fé? Como está a dimensão santificadora nas nossas comunidades? Como está o testemunho da caridade, da esperança e da justiça e nossa presença pública nesta imensa cidade de São Paulo? 

A Arquidiocese, em 2017, foi enriquecida com a criação de uma nova paróquia, na Região Episcopal Santana; algumas igrejas novas foram inauguradas e várias outras foram solenemente dedicadas. Trabalho nem sempre visível, mas importante do ponto de vista organizativo, foi a negociação e assinatura de mais de 60 Convênios da Arquidiocese com Congregações Religiosas acerca do atendimento de paróquias na Arquidiocese. A revisão e adequação dos limites paroquiais também teve um novo e significativo avanço, faltando apenas realizar o mesmo em relação às paróquias da Região Episcopal Brasilândia.

Já no final do ano, tivemos a alegria de realizar a ordenação presbiteral de 11 novos padres, incardinados na Arquidiocese; os diáconos ordenados, à espera de serem ordenados presbíteros no final de 2018, são seis ao todo. A pastoral das vocações precisa de constante apoio e incentivo; Deus continua a chamar; mas é preciso ajudar a ouvir o chamado de Deus, encaminhando os vocacionados para o acompanhamento, antes de ingressarem no Seminário. 

Por tudo o mais, que foi realizado com muito amor e dedicação, Deus seja louvado!
 

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo Metropolitano de São Paulo
Publicado em O SÃO PAULO, na edição de 19/12/2017
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