Cultura

O julgamento das nações

“O Estado totalitário é uma tentativa de resolver o problema do poder maciço pela força, produzindo, assim, uma nova série de tensões e conflitos que intensificam o caráter destrutivo da crise. Os problemas do poder não podem ser resolvidos pelo poder em si, tampouco pela ciência, já que a ciência se tornou uma servente do poder. A liberdade e a razão estão sendo destruídas pelos poderes que elas criaram e a humanidade está escorregando, cega e indefesa, em direção ao abismo. A humanidade não pode se salvar por seus próprios esforços. Deixada a si mesma, ela perece, e quanto maiores forem seus recursos, mais completa será sua catástrofe.”

O “Julgamento das Nações” é um escrito avassalador. Do notório historiador britânico Christopher Dawson, o livro está dividido em duas partes. A primeira investiga as origens da catástrofe espiritual que resultou na Segunda Grande Guerra: elas remontam às divisões por que passara o Cristianismo, mas têm o seu momento decisivo no curto período dos cem anos que antecederam o conflito. O Ocidente substituiu a fé cristã, sobre a qual os seus próprios valores se fundavam, pela religião secular do progresso. Somente preservando o legado do Cristianismo é que se pode assegurar o valor da liberdade; por isso, a segunda parte da obra explora a possibilidade de se restaurar a ordem cristã. O texto tanto mais se prova impactante à medida que se constata a atualidade do seu argumento.

FICHA TÉCNICA:

Autor: Christopher Dawson
Páginas: 272
Editora: É Realizações
Divulgação
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