Cultura

Nas trevas

No folheto paroquial de Bourg-la-Reine (França) de dezembro de 1917, lê-se: “Dentre todos os mortos dos quais anunciamos os funerais, que nos seja permitido uma menção particular de Léon Bloy, escritor de pena potente e original, que deixa grande número de obras. Outros falarão de sua impetuosidade polêmica, das qualidades do seu estilo que o faziam admirado pelos letrados, até mesmo por seus adversários.

Nós falamos do cristão de convicção que vimos todos os dias à Santa Mesa até o momento em que, vencido pela doença, não pôde mais sair de casa. Ele tinha muitos amigos convertidos; um deles me disse no dia seguinte ao seu velório: ‘Somos muitos os que, graças a ele, retornamos de longe (à fé)’.

Se houve algum exagero e violência em sua linguagem, Deus terá em conta todo o bem que ele quis fazer e todo o bem que ele fez”.

Léon Bloy escreveu o livro “Nas trevas” não muito antes de sua morte, em

1917. Ele foi publicado postumamente no ano seguinte. Nele estão contidas algumas reflexões espirituais sobre o mundo de sua época, boa parte das quais permanece muito pertinente ainda hoje. Algumas foram proféticas, se considerarmos a segunda guerra mundial e os regimes totalitários do século XX.

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