Liturgia e Vida

Maria foi assunta aos céus: alegrem-se os Anjos!

Assunção de Nossa Senhora – 18 de agosto de 2019

Na festa da Assunção de Nossa Senhora, comemoramos este fato extraordinário: “a imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial” (Papa Pio XII). Esse privilégio é um dos quatro dogmas definidos pela Igreja sobre a nossa Mãe do Céu. 

Por uma graça singular, Ela foi preservada da mancha do pecado original (Imaculada Conceição). Isto porque o Senhor a escolheu desde toda a eternidade para a vocação mais sublime que uma criatura poderia ter neste mundo: ser Mãe de Deus (Maternidade Divina). Com um coração e um corpo inteiramente consagrados para este fim, Ela permaneceu espiritual e fisicamente virgem, antes, durante e depois do parto (Virgindade Perpétua). 

Cumulada de tantas qualidades e tendo uma relação com Deus tão estreita e isenta de pecado, convinha que, ao final de sua vida neste mundo, Ela não sofresse a corrupção da morte. Por isso, a Virgem nem sequer precisou aguardar a ressurreição de seu corpo no juízo universal, como acontecerá com os demais seres humanos. Ela já se encontra na glória do Céu não apenas espiritualmente, mas em corpo e alma. 

A Assunção é uma dentre as tantas razões pelas quais a Virgem diz: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-Poderoso fez grandes coisas em meu favor” (Lc 1,48s). Aquela que foi a primeira morada de Cristo entre os homens entrou, neste dia que celebramos, na morada celestial. Aquela que cedeu a sua própria carne para dar vida e gestar o Deus Encarnado, é glorificada – também fisicamente – acima de todos. Aquela que emprestou o seio para alimentar o Verbo Divino, sacia-se agora da visão beatífica. Aquela que estabeleceu uma intimidade física e espiritual incomparáveis com o Senhor, é aclamada pelos Anjos. 

O Mistério da Assunção leva-nos a venerar a sempre Virgem Maria e a reconhecer a sua santidade altíssima. Contemplando-o, bendizemos a Deus, que confunde os soberbos e manifesta o Seu poder nas criaturas humildes. E também reconhecemos que Nossa Senhora é uma poderosa intercessora. Por estar continuamente diante da Face do Altíssimo, Ela pede e fala bem de nós a Ele. Afinal, temos uma Mãe no Céu! 

Além disso, a Assunção leva-nos a pensar na eternidade! Como uma boa Mãe, Nossa Senhora foi sempre à nossa frente, mostrando-nos o caminho que temos a seguir rumo a Deus. Antes de qualquer um de nós, Ela recebeu a graça do Senhor, quando foi concebida sem pecado. Antes de qualquer um de nós, Ela acreditou em Jesus Cristo e uniu-se a Ele, no momento mesmo da Encarnação. Antes de qualquer um de nós, de pé no Calvário, Ela se uniu ao mistério da Cruz e acreditou na Ressurreição. Por isso, também antes de nós, Ela foi glorificada em corpo e alma no Céu.  

Esta celebração deve nos levar a desejar estar um dia na glória e a trabalhar para receber esta graça! Fomos criados para ver a Deus! Por isso, cantamos: “No Céu, no Céu, com minha Mãe estarei!”.

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