Sínodo Arquidiocesano

Igreja em estado permanente de missão

As assembleias sinodais nas regiões episcopais e nos vicariatos ambientais já caminham para a sua etapa final com a elaboração de propostas importantes e consistentes que serão encaminhadas à Secretaria-geral do sínodo arquidiocesano, para constituírem o “instrumento de trabalho” da assembleia sinodal da Arquidiocese de São Paulo, em 2020.

Portanto, é importante que foquemos no objetivo essencial do sínodo arquidiocesano: “Caminho de comunhão, conversão e renovação missionária” – tudo para que a vida e a missão da Igreja em São Paulo sejam, cada vez mais, “sinal sacramental” de que “Deus habita esta cidade”.

Aí está a missão fundamental da porção do povo de Deus que está em São Paulo: dirigir o olhar, o coração, a consciência e a experiência de cada pessoa, desta imensa cidade, para o mistério de Cristo (cf. Redemptoris Missio – RM, 4), que “sempre se mostrou cheio de misericórdia pelos pequenos e pobres, pelos doentes e pecadores, colocando-se ao lado dos perseguidos e marginalizados e que, com a sua vida e a palavra, anunciou ao mundo que Deus é Pai e cuida de todos como filhos e filhas” (prefácio, Oração Eucarística VI-D).

Bem sabemos que a missão de Cristo, confiada à Igreja, está ainda bem longe do seu pleno cumprimento e que uma visão de conjunto da humanidade (da nossa cidade de São Paulo) mostra que tal missão ainda está no começo; que devemos nos empenhar com todas as forças no seu serviço (cf. RM, 1); que a urgência de hoje é a “evangelização missionária” e esta é o “primeiro serviço que a Igreja pode prestar ao homem e à humanidade inteira” e, no nosso caso, à cidade de São Paulo (cf. RM, 2d).

Firmar os pés numa “Igreja em estado permanente de missão” é o propósito do caminho sinodal da Arquidiocese de São Paulo, que inspira a possibilidade de um novo agir pastoral que conte com o protagonismo de cada um dos batizados, os quais não devem dizer “somos discípulos” ou “somos missionários”, mas, sim “somos sempre discípulos missionários” de Jesus Cristo (cf. Evangelii Gaudium – EG, 120).

A missão na cidade ainda está no começo. Temos à frente a cultura urbana com seus desafios e suas possibilidades; temos à frente a missão evangelizadora no campo da saúde, da educação, da comunicação, da política, do trabalho, da família, da juventude; temos à frente as paróquias e suas comunidades, as periferias geográficas com suas tristezas e angústias, mas também com suas esperanças e seus anseios; temos à frente o desafio do empobrecimento, o crescimento da miséria, a população em situação de rua, os migrantes, a proliferação da violência urbana e da dependência química; temos à frente os menores abandonados, os encarcerados, as mulheres marginalizadas; temos à frente outros sujeitos sociais que constituem as “minorias”. Todos estão à espera do nosso testemunho missionário a levar-lhes a “alegria do Evangelho” que tudo transforma.

A missão na cidade ainda está no começo. O Espírito pede à Igreja em São Paulo que avance, ousadamente e sem medo, para águas mais profundas. É por isso que estamos em sínodo.

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