Fé e Cidadania

Enfrentando as desigualdades da saúde global (I)

O novo Dicastério da Santa Sé, que visa a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, em cooperação com a Confederação Internacional de Instituições de Saúde Católicas, realizará de 16 a18 de novembro próximo, na cidade do Vaticano, a 32ª. Conferência Internacional, abordando a temática das “Desigualdades na Saúde Global”.

Esse novo Dicastério Pontifício prossegue com a realização de conferências realizadas já há mais de 30 anos, anteriormente organizadas pelo ex-Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde. Na 31ª. Conferência, realizada em 2016, abordou-se o tema “Para uma cultura de acolhida e apoio para com as pessoas acometidas por doenças raras e negligenciadas”.

Enfatizou-se, também, que tais condições de doença infligem graves ônus econômicos e de saúde para a população, particularmente aos países mais pobres.

Uma das conclusões da 31ª Conferência Internacional (2016) assinalou a necessidade “de examinar de uma forma adequada, e enfrentar concretamente a questão das desigualdades no campo da saúde, bem como os fatores sociais, econômicos, ambientais e culturais que estão atrás delas”. Dados do evento de 2016 colhidos a partir de estudos internacionais chamam a atenção para os fatores determinantes das desigualdades na saúde global. A expectativa de vida aumentou em cinco anos, entre 2000 e 2015. Esse aumento foi maior na região africana (mais 9,4 anos), como consequência da melhora nos números de sobrevivência infantil, além do progresso no controle da malária e da expansão ao acesso aos antirretrovirais para o tratamento do vírus HIV/AIDS. A expetativa de vida para crianças nascidas em 2015 era de 71,4 anos (73,8 anos para mulheres e 69,1 anos para homens). Contudo, esses estudos mostram que o fosso entre países de baixa e alta renda continua aumentando. De fato, crianças recém-nascidas em 29 países – todos de alta renda – têm uma esperança média de vida de 80 anos ou mais (a mais alta é 86,8 anos para as mulheres japonesas), enquanto que recém-nascidos em 22 países da África Subsaariana têm uma expectativa de vida de menos de 60 anos, com a menor porcentagem em Serra Leoa, com 50,8 anos para as mulheres e 49,3 anos para os homens.

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