Comportamento

Educação dos Filhos – os riscos do ‘politicamente correto’

Hoje, somos praticamente impelidos a atitudes politicamente corretas –  conversar sempre, explicar tudo, aceitar todo o tipo de manifestação, respeitar as opções (desde o que querem comer, até a “escolha” de gênero), sermos sempre amigos e queridos pelos filhos, enfim, vivermos como num conto de fadas. Vejo com preocupação o quanto essa ideia tem paralisado os pais e gerado filhos inseguros, mal preparados para o convívio social e para o enfrentamento das situações corriqueiras na vida de qualquer ser humano. 

Contribuindo para essa paralisia dos pais em torno de atitudes politicamente corretas, me surpreendo quando vejo o que alguns grupos sociais são capazes de fazer. Vão plantando ideias absurdas através de programas de TV, artigos, publicações em redes sociais, e, sem que percebamos, acabamos considerando-as “normais” e cabíveis. Em nome do politicamente correto, acabamos nos abstendo de um raciocínio crítico e claro sobre os assuntos sem pensarmos que se tratam de temas que modificarão o futuro dos nossos filhos, que trarão consequências graves para a sociedade e para vida em família. É isso o que queremos? Uma dessas ideias, por exemplo, diz respeito à ideologia de gênero.  Como podemos, em sã consciência, admitir a possibilidade de que ao nascer uma criança não receba sequer nome que identifique seu sexo para que possa posteriormente escolher com qual se identifica? Chegamos ao ponto de negar a natureza que por si já determina organicamente essa característica. Como podemos educar uma pessoa emocionalmente saudável se sonegamos a ela uma informação tão importante para sua constituição subjetiva? Aliás, me pergunto: não estaremos subestimando a capacidade dos pequenos imaginando isso?  Não se trata de negarmos a ocorrência de fenômenos homossexuais – que existem desde sempre. Trata-se de não tomar isso como uma verdade para todos, como algo que faça parte da gama de assuntos sobre os quais podemos optar. Se pensarmos que educar é cuidar física e emocionalmente do ser em crescimento e acompanhar e ensinar critérios e valores à criança, a ideologia de gênero esbarra na realidade do abandono.  Nega-se que esse ser tenha em sua origem algo que vem “marcado” no corpo, não somente pelos genitais, mas também por todo o funcionamento cerebral e hormonal.  Uma característica que marca a pessoa e que é simplesmente ignorada em nome de uma “liberdade de escolha”, em nome de que não se sinta “excluído” aquele que por qualquer circunstância é homossexual. Paramos para pensar como se sentem aqueles que se identificam com seu sexo desde pequenos? Não estaremos deixando à deriva, abandonados, esses pequenos por assumirmos uma atitude “politicamente correta” diante de uma minoria? 

Sejamos acolhedores, amorosos e abertos para apoiarmos e convivermos com aqueles que no decorrer de suas vidas se percebem como homossexuais. Como pessoas, somos potencialmente criativas e capazes de construir pontes, relações saudáveis, saídas para essa convivência sem para isso abandonarmos nossos pequenos ao sabor de uma “escolha” que a princípio não existe.   

Pais, precisamos interromper o mergulho insano nessa maré de informações que uma sociedade adoecida nos fornece e resgatar com determinação nossa missão de formarmos pessoas de bem. 

Educar pressupõe uma riqueza enorme e é trabalhar com o material mais digno que existe – o material humano. É uma honra, uma oportunidade, uma possibilidade de crescimento como poucas outras. Requer que sejamos fortes e capazes de fazer escolhas, determinar limites, usar critérios claros, suportar os sentimentos negativos que virão por parte dos pequenos que mais amamos, sabendo que vamos sobreviver a tais sentimentos e o mais importante: eles vão sobreviver e ter uma experiencia única – a da fortaleza.  

 

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