O primeiro ano do sínodo arquidiocesano vai chegando ao seu ponto mais intenso, com a celebração das assembleias paroquiais, cuja realização está prevista para o período de 15 de outubro até o fim de novembro. 

Nas paróquias, já vão acontecendo as convocações dos membros das assembleias paroquiais, conforme indicações do Regulamento preparado pela Comissão de Coordenação Geral do sínodo. Também os roteiros para as três sessões das assembleias paroquiais já estão nas mãos dos padres e das coordenações paroquiais, que colaboram com os párocos, administradores e vigários paroquiais na organização das assembleias.

Vários são os objetivos das assembleias paroquiais do sínodo. Primeiramente, serão uma boa ocasião para uma profunda tomada de consciência sobre a situação religiosa e pastoral de cada paróquia e da Arquidiocese inteira. É importante que nos demos conta daquilo que está bem e daquilo que precisa ser melhorado. Antes disso, ainda, é importante que tenhamos clareza sobre aquilo que somos chamados a ser e fazer, como Igreja, na cidade de São Paulo. Ficaria difícil avaliar e melhorar, se não sabemos bem qual é o motivo pelo qual o devemos fazer... 

O principal motivo do sínodo já vem expressado em seu tema: somos chamados a fazer um “caminho de comunhão, conversão e renovação missionária” em nossa Arquidiocese inteira e em cada comunidade e expressão eclesial que a compõe. A renovação missionária é um desafio posto à Igreja inteira e disso já se está falando há várias décadas, desde o Concílio Vaticano II, mas isso ainda não entrou muito no quotidiano da vida de nossa Igreja. Continuamos a fazer e a viver, como se nada tivesse mudado ao nosso redor, e como se nosso trabalho consistisse apenas em conservar e manter aquilo que já foi feito de uma vez para sempre. E isso nos coloca numa situação de decadência e de perda de vitalidade. 

Chegou a hora de olharmos de modo muito realista e corajoso se em nossas paróquias, comunidades e expressões de vida eclesial e pastoral também se faz necessária a “conversão e renovação missionária”. A renovação requer “conversão” para o Evangelho e para a autenticidade da vida cristã, como nos é pedido por Cristo, através de tantos “sinais”, ao nosso redor, e pela Palavra de Deus e da Igreja. 

A “matéria” principal para as assembleias paroquiais do sínodo é oferecida pelo levantamento de campo sobre a situação religiosa e pastoral, feito em cada uma das 296 paróquias territoriais da Arquidiocese por cerca de 300 pesquisadores voluntários. Eles recolheram uma imensidade de informações, que agora precisam ser conhecidas, interpretadas, analisadas e compreendidas, mas também os levantamentos sobre os serviços paroquiais e a vida paroquial, feitos por todas as paróquias. São duas fontes riquíssimas de informação, de que cada paróquia dispõe para se “olhar no espelho” e fazer a análise e a compreensão da própria realidade. Esses dados estão disponíveis e precisam ser lidos, interpretados e analisados bem, para compreender o que eles nos revelam sobre cada paróquia.

Mas também serão matéria muito importante das assembleias paroquiais do sínodo as respostas dos grupos sinodais, que se reuniram mês a mês para refletir e avaliar a vida religiosa e pastoral de cada uma das paróquias. Por essas respostas dos grupos, o sínodo estará ouvindo a voz de Deus através da voz do povo e dos fatos da realidade. Não vai faltar assunto nas assembleias paroquiais do sínodo! 

Nas três sessões das assembleias sinodais nas paróquias, estará acontecendo um importante processo de VER, OUVIR, TOMAR CONSCIÊNCIA e RESPONDER aos desafios do momento eclesial que vivemos. Só assim, será possível, em seguida, também oferecer indicações para o AGIR, mediante a elaboração de sugestões e propostas para cada paróquia. O fruto dessas assembleias será, em seguida, repassado para a segunda etapa do sínodo, nas Regiões Episcopais, em 2019. E, então, acontecerá um novo momento de ver-avaliar-discernir e indicações para o agir.

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