Comportamento

Amor sólido entre os pais: felicidade e segurança dos filhos

Casar, ter filhos, formar um núcleo familiar faz parte do projeto de vida de muitos jovens e adolescentes. Encontrar a pessoa com quem compartilhar a vida é uma aventura na juventude - época de conhecer muitas pessoas, aprofundar conhecimento sobre si mesmo, colocar metas e objetivos, acolher e lidar com sentimentos, sensações... enfim, escolher.

Feita a escolha do parceiro, forma-se uma nova família que vai aos poucos crescendo com a chegada dos filhos. É muito comum nesse momento o casal voltar-se completamente para os filhos e todas as responsabilidades e atribui- ções que surgem junto com eles e, sem se dar conta, acabam deixando em segundo plano os cuidados com o amor conjugal. No afã de serem bons pais, fazerem os filhos felizes, atenderem suas necessidades, acabam esquecendo que o que faz, de fato, os filhos felizes e seguros é sentir que os pais têm um amor sólido entre si. Que alegria para os filhos perceber um olhar amoroso de um para o outro, uma palavra de carinho, um elogio, um abraço e a parceria na orientação deles.

Não podemos esquecer que a escolha que fizemos por alguém não é o fim, mas sim o início de uma relação que precisa ser cuidada e cultivada cotidianamente. Escolhemos uma pessoa que, assim como nós, tem sua personalidade, sua história, seu temperamento, seu modo de ver as coisas, seu modo de manifestar-se. Precisamos dedicar tempo para conhecer e compreender nosso cônjuge, assim como precisamos nos dar a conhecer com o máximo de clareza. Quando chegam os filhos, precisamos dessa parceria para educá- los, formá-los e torná-los pessoas de bem. Será muito mais fácil alcançar o sucesso nessa missão se a executarmos junto com aquele que escolhemos como “parceiro de caminhada”.

Toda a construção precisa de uma base sólida, que sustente o restante; toda árvore só dará sombra acolhedora e frutos saborosos se suas raízes e tronco estiverem firmes. No caso da família, essa estrutura é o casal. Por isso, cuidado: não descuidem da relação conjugal em nome de atender vontades dos filhos. Evidentemente, algumas renúncias são necessárias quando se tem filhos; alguns ajustes precisam ser feitos, para que sejam atendidos em suas necessidades, mas não em seus caprichos. Quando o amor entre o casal é colocado no “automático” e os filhos são prioridade absoluta da família, via de regra, o casal desmorona e acaba por desestruturar também a vida dos pequenos. Nenhum casal vive “feliz para sempre” se não cultivar o amor.

 

Dicas para cultivar o amor do casal:

1. Lembrar que as pessoas são diferentes, criativas e dinâmicas. Que mudam com a vida e as experiências, por isso, precisamos nos dedicar a conhecer e compreender diariamente ao outro. Facilitar para que o outro nos compreenda, agindo e falando com clareza sobre nossos sentimentos, preocupações e expectativas. Importante: bolas de cristal só existem em contos de fadas. Se não dissermos o que esperamos ou precisamos, dificilmente o outro adivinhará.

2. Pequenos gestos de carinho e aten- ção – um bilhete, um bombom, uma mensagem no WhatsApp, uma flor, um elogio – ajudam a reavivar os sentimentos e a transmitir o quanto nos importamos com o outro.

3. Cultivar o hábito de ter um momento a sós para namorar, conversar, fazer algo que agrade aos dois. Em determinadas fases da vida, só será possível fazer isso em casa depois que os filhos dormirem. Não tem problema, o importante não é o local, mas cultivar o hábito de se fazerem companhia.

4. Relembrar sempre: casamos para fazer o outro feliz. Todo o empenho vale a pena.

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