Sínodo Arquidiocesano

A fonte mais profunda de origem da Igreja encontra-se na Santíssima Trindade!

A celebração da segunda sessão das assembleias sinodais nas regiões episcopais e nos vicariatos ambientais é o momento oportuno para que nos debrucemos em reflexão sobre a “vida em comunhão” da Igreja em São Paulo, em todos os seus níveis de organização eclesial.

Neste mês de junho, ocorrem as reuniões preparatórias que envolvem todas as coordenações de pastorais,  movimentos e associações, congregações religiosas, novas comunidades, clero e setores pastorais. Nelas, todos, cada qual no seu “ambiente” de atuação apostólica na devida região episcopal ou vicariato ambiental, buscam elaborar um “diagnóstico” sobre sua atuação na vida e missão da Arquidiocese de São Paulo. E aí está o momento oportuno para que, nessas reuniões preparatórias, cada grupo se pergunte: Como estamos vivendo a comunhão em toda a Igreja em São Paulo? Estamos sendo construtores da comunhão eclesial? Como estamos construindo esta comunhão? Estamos sendo “sinais” de comunhão na cidade que tanto necessita de “vida em comunhão”?

Essas perguntas são substanciais para a vida e missão da Igreja em São Paulo, pois a Igreja tem sua fonte mais profunda na Santíssima Trindade e deve ser, no mundo, o reflexo e a vivência do mistério trinitário.  

É a comunhão entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo que deve caracterizar a comunhão eclesial, pois a Igreja toda aparece como “o povo de Deus reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Lumen Gentium 4). 

Sem dúvida, a missão essencial da Igreja é a de ser “sinal” visível da comunhão trinitária, sobretudo no mundo de hoje, cada vez mais, dilacerado por divisões abissais que geram angústias e sofrimentos, miséria e pobreza, descrenças e afastamento de Deus, guerras ideológicas e dúvidas sobre os direitos fundamentais da pessoa humana, descuido com o meio ambiente e devastações irreversíveis e, o pior, perda do sentido do pecado individual e do pecado social.

Não podemos pensar em “missão” na cidade sem nos indagar sobre a “vida em comunhão” que estamos construindo como Igreja que somos na cidade de São Paulo, e o modelo de toda a comunhão que devemos viver e testemunhar é a Trindade, a melhor comunidade. 

O caminho sinodal arquidiocesano de São Paulo é o tempo favorável para que nos comprometamos em, cada vez mais, crescer na “vida em comunhão”, e que o façamos a partir das pequenas atitudes como, por exemplo, a celebração de Corpus Christi, momento único na Arquidiocese de São Paulo, no qual somos convidados a estar em torno do mesmo altar para celebrar a Eucaristia, fonte e sustento de toda a vida e missão da Igreja.

Assim, se temos pela frente o grande desafio de evangelizar a cidade para que todos tenham vida em plenitude, só o conseguiremos pela força da graça que vem da Trindade Santíssima e que nos pede para que sejamos uma comunidade eclesial que espelhe o Amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
 

Padre José Arnaldo Juliano dos Santos é Teólogo-Perito do sínodo arquidiocesano

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